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por Juan Carlos Orozco

 

Reconciliar com o adversário o mais depressa possível


“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil.”
 (Mateus, 5:25-26)


No martírio, Jesus perdoou a humanidade inteira, inclusive os algozes, exemplificando seus ensinamentos: “porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6: 14-15).

“Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem”, tem-se a lei suprema do Amor, do perdão e da caridade, essências da perfeição.

Amar os inimigos, os que odeiam ou os que perseguem passa pelo perdão. Do amor ao próximo até amar os inimigos, mede-se a evolução moral, donde decorre o grau da perfeição. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras, lhes disse: “sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial”.

A luta da vida, como processo educativo, oferece oportunidades para semearmos o bem, evitando o mal, quer na Terra como no Céu. Empenhados nesse propósito, é comum termos que enfrentar no caminho adversários, que podem ser pessoas que têm antipatia por nós, que se apresentam como antagonistas, ou até mesmo inimigos declarados. Os adversários, em qualquer contexto, representam provações perigosas de infiltração do mal.

Há de se considerar, ainda, a presença dos “inimigos” que cada um traz dentro de si, representados pelas próprias imperfeições, más tendências e outras deficiências que conspiram contra a saúde, obliterando a manifestação da felicidade integral: física, emocional e espiritual. Os pontos negativos que imperam em nosso psiquismo são elementos complexos que precisam ser desativados, pois conspiram, continuamente, contra a nossa paz de Espírito, nos atormentando a existência.

Perante qualquer adversário devemos dar sempre o bem pelo mal, a verdade pela mentira e o amor pela indiferença. A grande vitória será transformar adversários em amigos. Se o adversário lhe provoca, não desprezes a hora de trabalhar pela vitória da luz. Siga o seu caminho com mansidão e paz, sempre atento aos seus próprios deveres.

Se amar o próximo constitui o princípio da caridade, amar os inimigos é a mais sublime aplicação desse princípio, porquanto a posse de tal virtude representa uma das maiores vitórias alcançadas contra o egoísmo e o orgulho. Assim, amemos uns aos outros para sermos felizes, amemos sobretudo os que nos inspiram indiferença, ódio ou desprezo.


Bibliografia:

BÍBLIA SAGRADA.

KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019.


 

     
     

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita