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por Waldenir A. Cuin

 

O amor como base do Evangelho do Cristo


“Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo? - Jesus.” (Questão 625 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec)


O Evangelho do Cristo tem o amor como base e isso nos remete ao entendimento de que somente sustentados pela fraternidade seremos capazes de vivenciar, na integra e na essência, os postulados que nos foram ensinados, há mais de dois mil anos, por Jesus.

Qualquer outra postura fora desse quadrante demonstra que ainda estamos apegamos as letras evangélicas, sem ainda penetrar o real conteúdo das lições, que nos informam a necessidade da interiorização do cristianismo.

Quando Jesus fala sobre o perdão, no diálogo com Pedro, depois do apostolo lhe perguntar se era preciso perdoar sete vezes, tendo como resposta que em realidade o ideal é perdoar setenta vezes sete, estava o mestre lecionando sobre a importância e o valor da convivência saudável entre as criaturas. E, podemos entender, sem sombra de dúvida, que o perdão beneficia muito mais quem o concede, pois que tal atitude evidencia a sua maturidade espiritual. Também se caracteriza como gesto de humildade, o reconhecimento dos erros e ao se desculpar a criatura deixa claro sua intenção de melhoria íntima.

Amar ao próximo como a si mesmo foi outra bandeira solidária que Jesus desfraldou no contexto social, propagando dessa forma, a necessidade do entrelaçamento amável entre os seres humanos, pois que em realidade, em circunstância alguma, alguém conseguirá ser feliz e viver em paz no isolamento. Na vida de relação um ajuda o outro e os dois se completam na sequência da vida.

Quando o Mestre solicitou aos seus discípulos que deixassem chegar até ele os pequeninos, desejou que todos entendessem a importância da afabilidade e da doçura, sendo receptivo aos anseios de todos, pois que “pequeninos” não se caracteriza apenas as crianças, mas a todos nós que ainda seguimos pela vida carregando inúmeros defeito e poucas virtudes. Então, ensinou Jesus que todos somos convidados a ir ao seu encontro, pois que quanto mais perto dele estivermos maiores será a luminosidade que absorveremos em nosso favor.

Ao informar “bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra”, instruiu a humanidade sobre a impropriedade da violência, da animosidade, do ódio e dos desentendimentos entre as pessoas, condenando com isso todo orgulho e egoísmo, essas chagas deletérias que espalham tanto sofrimento e dores pelos caminhos do mundo.

No diálogo com a turba enfurecida, ao apresentar-lhe uma mulher pega em adultério, mostrou a todos que ali estava e por consequência a nós também que ninguém é tão perfeito que possa fazer acusações. Atire a primeira pedra quem estiver livre de erros, e, naturalmente ninguém naquele dia e nenhum de nós nos adias atuais teria coragem de arremessar qualquer calhau.

Sendo Jesus Cristo o modelo e guia para a humanidade, conforme nos informa questão 625 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, para chegarmos à perfeição espiritual a que todos estamos destinados, não temos outra alternativa a não ser segui-lo, até porque ele mesmo nos disse “eu sou o caminho, a verdade e a vida e ninguém pode ir ao Pai, senão por meio de mim”. Obviamente, nada mais claro e esclarecedor.

Portanto, qualquer outra direção que tomarmos diferente das lições de Jesus, estaremos na contra mão da lógica, seguindo pelos labirintos confusos dos equívocos, rumo aos precipícios das ilusões.

Não esqueçamos, o amor é a base do Evangelho de Jesus.

Confiemos.        


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita