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por Rogério Miguez

 

As quatro pedras falsas


Os tesouros ocultos sempre cativaram o imaginário do ser humano.

Mesmo nos dias de hoje, há profissionais usando os mais avançados recursos tecnológicos para descobrir locais de navios que carregavam fortunas variadas e que afundaram por razões diversas; há aqueles que ainda procuram os bens do bando de Lampião, pois como não podiam depositá-los em instituições bancárias, muito menos carregar as moedas, pepitas de ouro, pedras preciosas, joias diversas, frutos dos muitos roubos cometidos, cada cangaceiro escolhia um lugar específico para enterrar o produto do saque; até bem pouco tempo, uma série televisiva de incontáveis capítulos, apresentou a busca frenética por um tesouro supostamente escondido em uma ilha na Nova Escócia, no Canadá - Oak Island Mystery, ou A Maldição de Oak Island, como ficou conhecida no Brasil - ; por incrível que pareça, há pessoas que percorrem certas praias do Rio de Janeiro com detectores de metais, na esperança de encontrar pequenos objetos de valor perdidos pelos desavisados banhistas, principalmente ao final do ano.

Dobrões de ouro, pedras preciosas, rubis, safiras, brilhantes, esmeraldas... quem não deseja encontrar algum destes tesouros!?

É interessante notar que muitos, impossibilitados de empreender caravanas exploratórias em busca destes metais e pedras valiosas, perdidos nas diversas superfícies da Terra, transferem sua atenção, recursos e esforços, literalmente dão suas vidas, em busca de outras espécies de riquezas, contendo elementos preciosos segundo seus iludidos e desavisados descobridores: o dinheiro, a fama, o poder e a autoridade.

É fato, a busca desenfreada por essas falsas preciosidades, têm levado a Humanidade às raias da loucura. Os seus perseguidores admitem perder tudo: saúde, tempo, paz interior, relacionamentos afetivos ou sociais, a própria família, desde que sejam, bem-sucedidos.

Se satisfazem íntima e plenamente por meio do destaque efêmero que adquirem no meio social em que vivem, quando conquistam estas falsas pedras preciosas.

Ainda não entenderam que nem as quatro juntas, podem proporcionar a felicidade.

É a tônica desta Humanidade.

Ainda não conseguem enxergar onde se encontra a riqueza real, traduzida:

1 - Pelo precioso tesouro do conhecimento, sedimentado pelo estudo atento e metódico da boa literatura disponível

2 - Pela riqueza da alegria proporcionada por atos bondosos praticados, que retornam olhares de agradecimento, de quem os recebe

3 - Pela simpatia angariada pela boa vontade, virtude essa que contagia a todos os intranquilos e desanimados

4 - Pela beleza espiritual construída pela sinceridade, tão escassa em nossos tempos

5 - Pela viva esperança nascida da fé, construída por atos de adoração a Deus a ao próximo

6 - Pelo bom ânimo, edificado por atos de coragem moral, quando tantos fraquejam diante dos muitos testemunhos

7 - Pelos dons da experiência, erguida sobre atitudes resignadas e valorosas

8 - Pela compreensão da Vida superior, que surge naturalmente pelos atos caridosos...

Bens transitórios jamais nos trarão a paz, principalmente a Paz do Cristo, prometida e tão bem exemplificado.

Jesus nos apresentou os verdadeiros tesouros, cabe-nos encontrá-los.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita