Artigos

por Waldenir A. Cuin

 

Diante do próximo


“Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar”. (Do livro Fonte Viva, de Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, item 126.)


Sem dúvida, o próximo é a pessoa que, estando ao nosso redor, necessita de alguma forma de algum tipo de auxílio.

E, para encontrarmos criaturas de mãos estendidas, não precisamos de muito esforço, pois que vivemos num mundo onde o mal ainda é bem maior que o bem. Basta que vislumbremos em nossa volta e logo veremos quanto ainda está por fazer, uma vez que irmãos nossos, das procedências mais variadas, choram pelos caminhos sombrios da vida, carecendo da piedade e consideração de corações altruístas.

Dessa forma, sem demora vasculhemos a nossa potencialidade e procuremos, com a máxima urgência, localizar recursos e possibilidade que devam ser exercidos na direção daqueles que sofrem. Diante deles não vacilemos em vivenciar os ensinamentos do Cristo, que pede: “Amai-vos uns aos outros”.

Assim, se já fomos orientados pelas lições cristãs, perdemos tempo e oportunidades quando deixamos para depois o bem que podemos fazer no momento. E, se existe algo que será nosso advogado de defesa em todas as épocas da humanidade, trata-se do bem que fazemos aos outros.

Não importa onde estamos, com quem estamos e nem como estamos; importam, sim, as boas ações que endereçamos aos caminheiros que seguem seus dias juntos de cada um de nós. A caridade desinteressada feita em favor do próximo é a moeda da solidariedade que circula no universo das nossas vidas. Quem planta a alegria na vida alheia semeia um jardim de esperanças e bem-estar ao redor de si mesmo.

Estendamos, então, as nossas mãos e atuemos decididamente acionando recursos que possam diminuir a ansiedade e o drama das mães que se sentem impossibilitadas de atender aos apelos dos filhinhos com fone.

Lancemos nosso olhar na direção do chefe de família que se vê agredido pelo monstro do desemprego e saiamos com ele procurando por uma ocupação, mesmo que seja singela.

Declinemos esforços no sentido de criar mecanismos que possibilitem retirar a infância abandonada e a juventude esquecida das ruas, oferecendo opções como aulas de informática, música, reforço escolar, prendas domésticas, cursos profissionalizantes e outros.

Lembremo-nos de endereçar um pouco de atenção aos idosos que foram ignorados pela família ou àqueles que sobrevivem em grande indigência material, para que encontrem um pouco de alívio e terminem seus dias com menos sofrimentos e solidão.

Diante dos nossos olhos sempre haverá alguém esperando pela nossa sensibilidade e desejo de servir. Se nos alegramos com o carinho e ternura que recebemos daqueles que convivem conosco é muito natural que os outros também se felicitem com a bondade que grassa no nosso coração.

Na Terra, enquanto auxiliamos, acabamos por aprender e enquanto aprendemos sentimos mais força e vontade de auxiliar.

A verdadeira paz que buscamos há muito tempo chegará muito mais rapidamente à medida que intensificamos nossas ações para improvisar a paz alheia. A assertiva evangélica nos ensina: “é dando que se recebe”.

Reflitamos.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita