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por Rogério Coelho

 

Teotropismo


Fazer a vontade do Pai era o principal “alimento” de Jesus.


"Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento." 
- Jesus. (Mt., 23:37)


Kardec, o insigne Codificador das Verdades Celestiais, inicia "O Livro dos Espíritos" indagando das Sublimes Potestades: "Que é Deus?"

Assim, ficou claro que o Pai Celestial é o eixo central em torno do qual se estrutura todo o arcabouço da Terceira Revelação.  Caracteriza-se assim (desde o início) o Teotropismo de suas lúcidas e perspicazes elucubrações... [1]

Conceitua Joanna de Ângelis: “a natureza divina chama-se Amor e não possui os matizes do temperamento humano, que desejou fazer Deus à sua imagem, sem desejar assemelhar-se à imagem de Deus, que é misericórdia e bondade".

Jesus, que é o nosso Singular e Incomparável ‘Modelo e Guia’, faz depender do amor incondicional e indimensionável a Deus "toda a lei e os profetas".

A certeza de que Deus é o Pai Amoroso e Vigilante é dispositivo de segurança para nossas Almas e ingrediente de paz para os nossos corações.

Ele sempre estará perto de nós, mesmo que O não queiramos ou n`Ele não pensemos, e mesmo que tenhamos possibilidade de fugir para os confins do Universo. Onde quer que nos encontremos, o que quer que façamos, Ele estará sempre por perto. Em todas as situações da vida em ambos os planos (corporal e espiritual) seremos sempre surpreendidos pela Divina Onipresença!... Sua imanência manifesta-se em tudo e em todos.

Fazer a vontade do Pai era o principal “alimento” de Jesus.  Jamais tergiversou! Mesmo no triste e dramático episódio do Gólgota, manteve-Se em impertérrita serenidade...

Portanto, por mais excruciantes sejam as aflições, confiemos na constante presença Divina em nossas vidas, haurindo nessa Imperecível Fonte a fé e a confiança para seguirmos adiante, mesmo que (como Jesus) estejamos conscientizados acerca das sarças e espinhos ferintes mais à frente.

Lembremo-nos de que, após a passagem pela "porta-estreita", Deus nos aguarda nas Paragens do Infinito para entregar-nos a parte que nos cabe da herança do Reino dos Céus, que será o coroamento de nossos ingentes esforços e ilimitada confiança.

Confiemos e sigamos "desenvolvendo" - segundo conselho de Camilo, através da mediunidade de Raul Teixeira, ─ "nesse Teotropismo o nosso roteiro de ventura e de luz para a nossa necessária libertação, para a nossa integração às Falanges dos Vanguardeiros do Progresso, aqueles que distendem a vontade de Deus pelo Universo afora, plenificando com paz e amor todas as coisas”.  

 

[1] Teotropismo é um neologismo que exprime a busca de Deus, o movimento da alma em direção ao Criador.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita