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por Wagner Ideali

 

O Espiritismo seria a terceira revelação?


“Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados.” 
- Jesus


Revelações sempre ocorreram na humanidade, pois desde os primórdios da civilização, seja por uma busca que o homem faz no seu entorno de sua vivencia e assim retira as suas conclusões, ou seja por efeito mediúnico muito primitivo, ocorreram pequenas revelações.

John Murphy no seu livro “A história das religiões”, bem como o prof. Herculano Pires no seu livro “O espírito e o tempo”, tem apresentado no processo de evolução, no que concerne à relação do homem com a Divindade, vários processos de revelação. Vamos perceber que nos limitados horizontes tribais, agrícolas, civilizados e proféticos a humanidade tem recebido inúmeras revelações dentro do grau de capacidade de assimilação na época.

Com o tempo ocorre uma grande revelação, que no Espiritismo chamamos de primeira revelação, que foi atribuída a Moisés com a entrega à Humanidade dos 10 mandamentos. Essa primeira revelação tem no seu conteúdo as bases da justiça. Uma revelação parecida também acontece no extremo Oriente pelos iniciados das religiões predominantes da época, com um aspecto ligeiramente diferente, mas com um conteúdo profundo e muito próximo ao apresentado por Moisés. Sempre condizente com o local, com a evolução da sociedade e suas capacidades de assimilar das pessoas na época.

Por muito tempo essa primeira revelação permaneceu como a base de várias religiões, e até mesmo nos dias de hoje todo o sistema político e jurídico ocidental continua baseado nessa primeira revelação.

Com o amadurecimento do homem em todos os sentidos, foi possível o planeta receber o que o Espiritismo chama de segunda revelação, que foi entregue ao mundo pelo Mestre Jesus. Essa segunda revelação nos traz como base o amor, a fraternidade, a igualdade e todos os atos que formaram o homem do futuro e espiritualizado.

Até os dias de hoje, muitos no planeta ainda não aceitam os ensinos dessa segunda revelação, outros a modificam ao seu bel-prazer e interesses para adequá-la a situações que venham acomodar sentimentos menores da sociedade, confundindo mais do que explicando e assim poderem levar a uma liberdade maior do espírito.

A humanidade evoluiu muito tecnologicamente, cientificamente, socialmente, mas poucos percebem que essa evolução ocorreu graças aos conceitos existentes dentro da segunda revelação.

Com essa evolução científica e social, entre outras, foi possível o aparecimento da terceira revelação, que tem como intuito explicar e aplicar de forma correta a primeira e a segunda revelação, bem como ampliar novos conhecimentos que anteriormente não era possível o entendimento por parte da humanidade.  Jesus disse: “Eu vos enviarei um novo Consolador, que vai explicar tudo que eu disse e apresentar outras coisas que não podem entender por hora”.

A terceira revelação vai romper de vez com o misticismo, os dogmas, os rituais, que ainda persistem na humanidade, e tem também a função de eliminar o mediunismo profético e as revelações dos oráculos, para nos apresentar uma mediunidade equilibrada, com igualdade para todos e baseada em princípios de amor. Vem clarear mais os ensinos de Jesus, para consolar, trazer a paz, explicar através da reencarnação, da mediunidade, da caridade o verdadeiro sentido da vida.

Assim, mesmo em pleno desenvolvimento tecnológico, científico e social, ainda muitos continuam presos a conceitos, sentimentos pequenos bem como a arquétipos que construímos dentro de nós e que são antigos e ultrapassados. Essa situação é fruto ainda do domínio do egoísmo, do orgulho, da vaidade e de todo comportamento pequeno que obscurece a nossa visão e a busca por uma vivência espiritual dentro de nós.

Enfim, o Espiritismo se apresenta como a terceira revelação, pois consola, adverte, explica e encaminha dentro de uma lógica racional, baseado no amor maior.

A transição planetária está realizando a separação do joio e do trigo, permitindo que tenhamos mais abertura para entender e viver as três revelações nos seus mais profundos conceitos.

Assim, o Espiritismo segue na busca de aliar a Religião com a Ciência, pois é esse o grande desafio, nunca, porém, esquecendo que acima de tudo está a pratica da caridade com o amor, a esperança e a fé.

Jesus nos abençoe hoje e sempre.


 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita