Artigos

por Jorge Hessen

 

A multiplicidade das reencarnações elucida o enigma da criança superdotada


A palavra "superdotado" é utilizada para identificar uma criança que se destaque acima da média das demais, numa habilidade geral ou específica, no âmbito de sua atuação.

O superdotado consegue perceber mais do meio ambiente do que a maioria das pessoas. Assim sendo, este tipo de pessoa tende a ser visto como exagerado ou excessivamente sensível. Ele possui inteligência, imaginação, audácia e uma certa autossuficiência interior, traços que entram em oposição às atitudes mais usuais de dependência ou imitação.

Quando se trata de leitura, os superdotados são mais propensos, do que os normais, a preferirem as notícias e os textos científicos e de abordagens tecnológicas. Essa predileção está em perfeito acordo com a sua maior habilidade para o pensamento verbal e para o raciocínio lógico-matemático.

A doutrina da reencarnação é a única que preenche o vazio da alma humana à procura de um esclarecimento a respeito de si mesmo. No caso em tela, indagamos: Quem é o superdotado? O que faz na Terra? Qual é o seu porvir? Perguntas somente respondidas tendo a pluralidade das existências como mecanismo natural de resposta. Sem a palingenesia não há como se conceber evolução, nem progresso humano. Sobre nossa vida física no planeta, o que representam pouquíssimos anos de vida numa única existência?

Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus deu aos superdotados uma alma mais favorecida que a do comum dos homens? Suposição ilógica, pois que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do problema está na preexistência da alma e na pluralidade das vidas.

Todos os povos tiveram homens de gênio, surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia. Tais fatos, além do espanto e admiração inevitáveis que, por si, proporcionam, servem para nos atrair a atenção, impondo-nos a necessárias reflexões.

Há os negadores de plantão (mais por falta de liberdade de consciência, imposta pelo medievalismo cristão de várias denominações, do que pelo pleno uso do dom de pensar) que acreditam no estranhíssimo "privilégio" biogenético, e que tais superdotados têm dom inato. "Casos de crianças precoces sempre despertam a atenção. A Academia de Ciência não possui uma explicação consistente sobre o tema, atribui a uma ‘miraculosa’ predisposição biogenética potencializada por estímulos de ordem externa. Outra enorme dificuldade encontrada na Academia é a não concordância na definição do termo superdotação."

Alguns pesquisadores distinguem superdotado de talentoso, sendo o primeiro considerado como aquele indivíduo de alta capacidade intelectual, ou acadêmica, e o segundo como possuindo habilidades superiores nas áreas das artes, música, teatro.

Os talentos dos superdotados são inatos, sim, uma vez que nasceram com eles, ou melhor, renasceram com eles. Tais possibilidades – e é importante que não se perca de foco - são conquistas dos gênios mirins, em existências pregressas, pela consubstanciação de conhecimentos.

Vale recordar, nesse contexto, que os supertalentos não foram conquistados pela lei do menor esforço, gratuitamente, por privilégio, ou qualquer outro fator. Foram adquiridos, pela lógica das leis da natureza, com muita dedicação, disciplina, trabalho, estudo, perseverança e, às vezes, muitas lágrimas.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita