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por Ana Paula Lazzarini

 

O bom combate


“E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.” - 
Emmanuel (Justiça Divina, obra de Emmanuel, psicografada por Chico Xavier - Lição 1.)


Quando falamos de bom combate, estamos falando a respeito de nossa luta íntima, da necessidade de transformação moral, da melhoria de quem somos, da destruição do homem velho vicioso, arrogante e prepotente, para o despertar do homem novo revigorado, pleno de fraternidade, de amor ao próximo e conectado com o Evangelho Redentor.

O bom combate acontece diariamente sem que percebamos, em todos os momentos da nossa existência. Por essa razão, Emmanuel, estimado benfeitor espiritual, recomenda que reconheçamos a oportunidade de “combate” quando, por exemplo, num momento de dificuldade, ao invés de nos entregarmos ao desânimo e lamúrias, nos entreguemos à luta redentora para a nossa melhoria pessoal e à oportunidade de renovação na conquista de valores, da vitória sobre nossas imperfeições morais. Nossos inimigos são, na verdade, essas imperfeições que acabam por promover débitos e culpas perante a lei divina, convidando-nos a mudanças pessoais na conquista da verdadeira vitória.

Nas lides da evolução há o combate e o bom combate. No combate, visamos aos inimigos externos. Brandimos armas, inventamos ardis, usamos a astúcia para criar estratégias e, por vezes, nos alegramos com a derrota – às vezes moral - de nossos adversários, ignorando que estamos destruindo a nós mesmos.

No bom combate, todavia, dispomo-nos a lutar contra nós próprios, apontando baterias de vigilância em oposição aos sentimentos de qualidade inferior que nos deprimem a alma. Enquanto o combate fixa-nos o coração à crosta terrestre em aflitivos processos de reajuste, na lei de causa e efeito, o outro liberta-nos o Espírito para a elevação aos planos superiores.

O apóstolo Paulo de Tarso, escrevendo a Segunda Carta a Timóteo, nos últimos dias da experiência terrestre, assevera no capítulo 4, versículo 7, o seguinte: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé.”

“Ele, que andava em combate até o encontro pessoal com Cristo, passou a viver no bom combate, desde a hora da entrevista com o Mestre.

“Até o caminho de Damasco, estivera em função de louros mundanos, ávido de dominação transitória, mas, desde o instante em que Ananias o recolheu cego e transtornado, entrou em subalternidade dolorosa.

“Incompreendido, desprezado, apedrejado, perseguido, encarcerado várias vezes, abatido e doente, jamais deixou de servir à causa do bem que abraçara com Jesus, olvidando males e achaques, constrangimentos e insultos.

“Ao término, porém, da carreira de semeador da verdade, o ex-conselheiro do Sinédrio, aparentemente arrasado e vencido, saiu da Terra na condição de verdadeiro triunfador.”

 

Bibliografia:

XAVIER, F. C., Justiça Divina, ditado pelo Espírito Emmanuel, 13ª edição – FEB Editora – Brasília/DF – Lição 01 – 2010.

XAVIER, F. C. Palavras de Vida Eterna, ditado pelo Espírito Emmanuel, 20ª edição – Edição CEC – Uberaba/MG – Lição 148 – 1995.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita