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por Altamirando Carneiro

 

A força do pensamento


Nós somos responsáveis pelos nossos pensamentos. Neste sentido, é que Jesus disse: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação: na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca". (Mateus, 26: 41)

O mau pensamento atrai os maus Espíritos, que só querem prejudicar; os bons pensamentos atraem os Espíritos bons, que só querem o nosso progresso.
No capítulo IX do Livro Segundo de O Livro dos Espíritos, (Intervenção dos Espíritos no mundo corpóreo), questão 469, Allan Kardec pergunta: "Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?" 
A resposta: "Fazendo o bem e colocando toda a nossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitam em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles atacam na vossa fraqueza. Eis por que Jesus vos faz dizer na oração dominical: ‘Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal'“.

O capítulo referente à Lei de Liberdade, de O Livro dos Espíritos, esclarece que o homem tem total liberdade de pensamento. O pensamento não tem limite. Pode-se impedir a sua manifestação, mas não se pode aniquilá-lo.  

O capítulo VIII (Bem-aventurados os que têm puro o coração) de O Evangelho segundo o Espiritismo esclarece que o controle dos pensamentos e das ações está diretamente ligado ao progresso espiritual. Assim, aquele que nunca pensa no mal, é um Espírito que denota um progresso realizado; aquele que quando a ideia do mal acontece ele a repele, indica um Espírito em vias de realização; e o que pensa no mal e o executa, indica um Espírito em que o mal existe, na plenitude de suas forças.
Nossos pensamentos são como as ondas de rádio e TV: nós não as vemos, mas elas estão em todos os lugares.
O pensamento é uma força, ele cria imagens fluídicas. É o que esclarece o capítulo XIV (Os fluidos), no item - Fotografia do pensamento, do livro A Gênese:
"Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar a outro: embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que intentou praticar. O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no Espírito.
Deste modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo. Contudo, vendo a intenção, pode ela pressentir a execução do ato que lhes será a consequência, mas não pode determinar o instante em que o mesmo ato será executado, nem lhe assinalar os pormenores, nem, ainda, afirmar que ele se dê, porque circunstâncias ulteriores poderão modificar os planos assentados e mudar as disposições. Ele não pode ver o que ainda não esteja no pensamento do outro; o que vê é a preocupação habitual do indivíduo, seus desejos, seus projetos, seus desígnios bons ou maus".


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita