De: Clotilde Montandon Carvalho (Araxá, MG)

Sábado, 27 de novembro de 2021 às 10:52:15

Médiuns curadores como Zé Arigó, João Bebel e outros que curam em "massas" são médiuns apenas magnetizadores?

Clotilde

Resposta do Editor:

Conhecemos o trabalho do médium Zé Arigó e o vimos, pessoalmente, atuar no atendimento e nas cirurgias que fazia. Ele e todos os outros que atuam da mesma forma não são médiuns magnetizadores. Trata-se do fenômeno de incorporação mediúnica, tão bem explicado por Léon Denis no clássico “No Invisível”, em que o Espírito do médico desencarnado vale-se do médium para orientar ou operar o paciente. No caso de Zé Arigó, o dr. Fritz tinha até dificuldade em se expressar no idioma português e seu sotaque alemão era indisfarçável.

No caso dos médiuns magnetizadores – que no Brasil chamamos de “médiuns passistas” – não existe nem há necessidade de incorporação, porque o magnetizador apenas transmite ao paciente o fluido magnético que irá determinar, por um processo explicado nas obras espíritas, a cura ou a melhora orgânica da pessoa atendida.

A respeito do livro “No Invisível”, lembramos ao leitor que publicamos seu estudo metódico e sequencial nas edições 326 a 375 desta revista, as quais podem ser livremente acessadas pelos interessados. Para ver a 1ª parte desse estudo, basta clicar neste link 

De: Eurípedes Kühl (Ribeirão Preto, SP)

Segunda-feira, 29 de novembro de 2021 às 13:46

Assunto: Cartas – edição 749

Caro amigo, boa tarde.

Com esforço e cautela consegui ler a resposta que foi registrada ontem, para a pessoa que teria remetido à Revista O Consolador os comentários desairosos sobre como o Espiritismo se posiciona sobre o controvertido assunto "Jesus recomendar ódio à família consanguínea de quem quisesse segui-Lo".

A resposta, sobre ser magistral, relembrando de início a incomparável elevação espiritual de Jesus, a resposta, dizia eu, constitui uma das mais alcandoradas do ponto de vista doutrinário, visto que esparrama fontes esclarecedoras de como tão equivocado registro bíblico só pode mesmo ser obra dos doutos teólogos que, de antanho à atualidade, navegam nessa triste  e desnecessária incompatibilidade doutrinária, que a partir de Kardec e a Codificação da Doutrina dos Espíritos teria sido eliminada.

Fiquei pleno de admiração e feliz pela profundidade e simultaneamente iluminadíssima singeleza da referida resposta. 

Abraços e muita paz!

Eurípedes

Resposta do Editor:

O comentário feito por nosso dileto amigo Eurípedes Kühl, a quem penhoradamente agradecemos, diz respeito à carta enviada por uma leitora de Florianópolis (SC) que fez questão de ocultar seu nome. Na carta, ela acusa os espíritas (entre eles, Kardec, autor do livro O Evangelho segundo o Espiritismo) de deturparem deliberadamente os textos da Bíblia. Para quem não leu a carta e a resposta que lhe foi dada, basta clicar, se assim o desejar, neste link 

De: L. N. (São Paulo, SP)

Terça-feira, 30 de novembro de 2021 às 11:22:15

Fiz uma cirurgia no nariz em 2015 - desvio de septo. Depois desse tempo venho percebendo muita rouquidão e sangramento, que às vezes para um pouco, mas logo volta novamente.

L. N.

Resposta do Editor:

Por motivos óbvios, o leitor não quis identificar-se. Quanto ao conteúdo de sua carta, pouco há a dizer, visto que se trata de uma questão afeta à medicina dos homens e nenhuma relação tem com a medicina espiritual. Em casos assim, é evidente que é preciso procurar os recursos médicos especializados nesse tipo de cirurgia. 

De: Vera Moreira (São Paulo, SP)

Segunda-feira, 29 de novembro de 2021 às 11:14

Assunto: Canal Angelini aborda espiritualidade nos 40 anos da pandemia da Aids

A Aids completa 40 anos no mundo. Infectou 37,6 milhões pessoas. Como uma pessoa HIV positivo lida com a doença e a espiritualidade?

No mês mundial de combate à Aids, a jornalista Cristina Angelini conversou com Thais Renovatto, paulista com 38 anos, HIV+, casada, mãe do João e Olivia, todos negativo do vírus.

Autora do livro “5 Anos Comigo”, relata como foi sair de um momento triste, obscuro e sem perspectiva, para uma transformação de aprendizado, amor e felicidade plena.

"Thaís conta de uma maneira muito sensível, como Deus e os cultos que frequenta em diversas religiões ajudam na sua jornada, enfrentando o diagnóstico da Aids e compartilhando sua experiência e sua visão com as pessoas. O amor venceu essas barreiras", explica Cris Angelini.

O programa Aids e Espiritualidade estreia dia 2 de dezembro, no Canal Angelini no Youtube e no Spotify.

Vera Moreira

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 25 de novembro de 2021 à 00:42

Assunto: O tempo

Tempo...  Quem é você soberano tempo, que descerra as cortinas das horas consideravelmente na Criação Divina? Por que faz com que a beleza dos corpos se eclipsie nas dobras dos dias, apagando lentamente a alegria das almas? Que poder é esse que nada lhe passe despercebido? Nascer, crescer, envelhecer, reproduzir, morrer e renascer novamente. Qual o motivo desse círculo vicioso que permeia populações em massa? Quem seria você?

Que nascimento é esse, em que em seu berçário cósmico, pulsa a Vida do Criador como sendo centelhas de luz agindo na cadência da própria elevação? Por que na simplicidade e ignorância fomos criados no sentido de crescer sempre edificando na pureza de crianças espirituais? Que domínio é esse em que aflora nos planos mais etéreos, a presença de seres necessitados da matéria para evoluir? Castigo ou prêmio? Herança amaldiçoada ou bendita, na bendita cadência da perfeição?

Sabemos que em cada crescimento das almas, sabedoria e sentimento se mesclam, ativos, circunscritos em um universo do limitado ao infinito. Por que então esse silêncio a envolver-nos oculto em cada respirar? Um coração apenas bate, ritmado com o destino já traçado? Onde, pois, nosso livre-arbítrio reconhecendo que as Leis Divinas já nos comandam os passos? O sofrimento seria os efeitos das nossas escolhas malfadadas em contextos de espiritualidade ou de religiosidade?

Por que de certo modo alimenta as células do nosso corpo limitando-as a produzir novas vidas e assim, purificar aquelas outras já cansadas e sem vida? Por que não o sopro da vida, satisfazendo-se em apenas vê-las morrer inconteste? Diz-se que a alma é bela e o corpo físico impulsiona o sistema criado da matéria em seus inúmeros estágios de santificação. Por que não nos esclarece que o nosso nascer nas instâncias espirituais se faz como engrenagem divina e depois nas alcovas de corpos sofríveis e enfermiços? Sabedoria se ganha devassando o invisível da nossa ignorância?

Do átomo aos conglomerados galácticos, a vida se multiplica. Cada célula respira sombra e luz ao comando do seu tutor que a guia indiferente estando ou não em sintonia com o Seu Criador. Se os mundos espirituais que nos cercam não deixam de ser a matriz da nossa essência divina, por qual motivo nos faz esquecer além do mal que praticamos, o bem, que com certeza, habita em todos nós? Um e outro não fará sentido se descobertos?

Muitas perguntas para poucas respostas, não é mesmo Leitor que me segue até então meu raciocínio? Haverá controvérsias, mas antes que me joguem pedras, vamos refletir em um pensamento do Espírito Crisóstomo que diz: “Nem tudo que brilha é ouro; nem tudo que se vê é”. Sabe-se que errar é humano quando não se sabe a sua causa. Mas, por que hoje se deixa errar sem limitar-se na sua corrigenda, tendo consciência das suas consequências? Soberano tempo, por que sua presença não deixa de ser marca registrada da presença de Deus em nós?

Diante dessa minha explanação, vejamos o que a mãezinha diz às suas filhas que procuram resgatar o pai e esposo dos braços das sombras, voltando, ela, à materialidade como forma de vingar a si própria no relato do espírito André Luz em seu livro “Libertação”, no seu capítulo III, pela mediunidade abençoada de Chico Xavier: “O tempo é das mais preciosas dádivas do Senhor...”.

Você, tempo, deixa-nos cair nas têmporas das vicissitudes, para que, mais além, nos convoque a sentarmos com os nossos antigos inimigos nos festins do Senhor, em vestes translúcidas para as bodas do renascimento espiritual. Nascemos e morremos nos planos etéreos; renascemos e nos purificamos nos planos diversos da matéria mais densa. Aqui quanto lá a essência do Pai nos anima. E você, ó tempo, nos cativa em seus braços no silêncio soberano e augusto. Salve! Salve! com a sua comitiva de horas, ontem, hoje e pela eternidade afora.

Comigo, Leitor Amigo?

Aécio César