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por Altamirando Carneiro

 

Com a naturalidade dos trigais

Mediunidade, ao contrário do que muita gente imagina, é um bem comum a todos. Não constitui privilégio, muito menos é concessão especial dada a alguém, mas faculdade humana natural que todos possuímos em maior ou menor grau, dependendo das nossas necessidades. Imperioso, portanto, saber empregar a faculdade mediúnica, assim como devemos empregar a nossa inteligência a serviço do próximo nas relações sociais. A função do médium é exatamente aquela da advertência evangélica "da lâmpada sobre o alqueire", ou seja, não esconder a luz que possui, mas irradiá-la em benefício de todos. 

Ferramenta fraterna, a mediunidade nasce com a naturalidade dos trigais e transcende o plano horizontal das relações existenciais, estabelecendo a ponte vertical entre os homens e os Espíritos, eliminando de maneira insofismável velhos tabus do sobrenatural e dos privilégios e poderes mediúnicos.

Jesus afirmou que os obreiros do Evangelho serão reconhecidos pelos frutos e Allan Kardec os comparou a árvores proveitosas, no item 10 do capítulo XIX (A fé que transporta montanhas) de O Evangelho segundo o Espiritismo.

O Espírito, ao encarnar, traz para a Terra as mais variadas missões que lhe compete executar e a missão mediúnica não se faz diferente. Todo médium está condicionado ao serviço pela mediunidade. 

Portanto, mediunidade e serviço são fatores inerentes ao médium espírita, particularmente. 

Lembremos que a codificação da Doutrina Espírita só foi possível graças à grandeza da mediunidade, e foi através dela que os Benfeitores Espirituais puderam revelar a magnitude da Doutrina Espírita e seus ensinamentos. 

Mediunidade é serviço, mas, sobretudo, serviço fraterno, que só pode ser realizado com honestidade de propósito e consciência de servir ao Bem através do próximo.
 

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita