Joias da poesia
contemporânea

Autor: Maria Dolores

 

Escola bendita
 

Quem vê a Terra de longe

Nota que o Orbe no Espaço

Recorda um comboio de aço

Varando os céus na amplidão;

Em trilhos de mar e terra,

Conquanto em linha disforme,

Formando o comboio enorme

Cada cidade é um vagão.

 

Contemplo esse trem-escola,

Conduzindo várias classes,

Em salões de muitas faces,

Cada pessoa é aprendiz;

Todo viajor nessa nave,

Em nome da Luz Divina,

Luta, sofre e raciocina,

Aprendendo a ser feliz.

 

Cada qual em seu refúgio,

Seja palácio ou choupana,

Recebe da escola humana

As lições do Eterno Bem;

Cada aluno está restrito

Ao progresso em que se marca,

Até que, enfim, desembarca

Nas plataformas do Além.

 

Alma querida, prossegue

No educandário sublime,

Que nada te desanime

Nos dias de prova e dor…

Quem conquista as notas altas

Quem mais se alteia e merece

É quem mais serve e se esquece

Na sementeira do Amor.

 

Do livro A Vida Conta, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita