Artigos

por Fernando Rosemberg Patricinio

 

Recomeço de experiências

 

É sabido que, no curso do tempo, o Mestre Soberano Jesus estivera a surgir, ou a materializar-se aos olhos carnais humanos, ou, às suas vistas psíquicas, para os mais diversos merecedores de Sua Divina Presença, e, inclusive, como se sabe, para o nosso sábio e amoroso Francisco Cândido Xavier que, de olhos esbugalhados, percebia aquela Grande Luz a envolver todo o ambiente de sua modesta residência, na cidade de Uberaba/MG.

Para Ubaldi, igualmente, o Cristo lhe surgira após uma sua acertada tomada de decisão franciscana que muito agradara ao coração do Mestre, o Soberano Instrutor das Humanidades terrenais.

E quem, dentre nós, nunca ouvira falar da aparição do Mestre a Saulo: o perseguidor dos cristãos, que, para logo, então, se convertera ao Cristianismo nascente renomeando-se como Paulo: o Apóstolo dos Gentios.

E o fato é que, naquele instante mesmo da aparição do Mestre a Saulo, na estrada para Damasco, aparição em forma de luz que o cegara momentaneamente, este mesmo Saulo, agora Paulo, mudara de vida, e, de perseguidor, tornara-se um divulgador do Cristo, do seu Evangelho, do seu Amor.

Paulo, que, pela fé no Cristo, se retificara por completo, e, mais tarde, ainda, se submetera, com extrema coragem, aos seus cruéis verdugos que, em seu desamor, o decapitaram covardemente.

Mas Paulo é, ainda, o nosso grande apóstolo:

“... esperança de uma raça, pela cultura e pela mocidade, alvo de geral atenção em Jerusalém, QUE VOLTOU, um dia, ao deserto para recomeçar a experiência humana, como tecelão rústico e pobre”. (Vide: “Nosso Lar” – André Luiz – FEB.)

E aclamava Paulo:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais Eu, MAS O CRISTO VIVE EM MIM; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o Qual me Amou, e se entregou a Si mesmo por Mim”. (Gálatas, 2-19.20).

Quem dera tivéssemos a fé de Paulo!

Quem dera tivéssemos a certeza do Cristo em nossas vidas obscuras, trôpegas, muitas das vezes faltosas e descrente das coisas divinas, do Cristo Jesus: o Salvador.

Este mesmo Cristo que, aliás, não cumprira ainda toda a sua missão para conosco, os filhos pródigos, e que, pois, o Divino Mestre segue, ainda, sua jornada na cruz, pois que sofreu e sofre por nós, enquanto não cumprir, no Todo, Sua Grandiosa e Divina Missão de nos reconduzir ao Pai, nosso Amoroso Criador, que espera do filho um pouco, mas, pelo menos, um pouquinho que seja, do nosso amargo amor!

Quem sabe, um dia, nós seremos verdadeiros cristãos e não mais amantes egoístas de nós mesmos, mas sim: altruístas do próximo, nosso carente, nosso irmão!?

Façamos como Paulo, meus queridos:

Tratemos de recomeçar nossa experiência humana ainda hoje, antes que seja tarde demais!


 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita