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por Fernando Rosemberg Patrocinio

Nunca estamos sós


Compreende-se a “Dimensão Extrafísica” como uma região espacial, ou espiritual, de manifestação da Consciência, ou do Espírito, quando este se encontra fora da matéria carnal ou biológica do Mundo terreno; e, tal “Dimensão”, pode ser alcançada, ainda, nos fenômenos de ‘Projeção da Consciência’ humana, como também pelo nosso ‘Dormitar’, ou pelo ‘Sono’, ou ainda pelo nosso desencarne da matéria pela morte física ou corporal que, por sua vez, libera o Espírito do instrumental biológico que o retinha temporariamente.

A Bíblia Sagrada, aqui e ali, tanto no Velho como no Novo Testamento, encerra, conquanto de modo breve, as mais diversas instruções acerca de tal dimensão do Espírito sobrevivente. Jesus, por exemplo, em Mateus (17:1-8), confabula com os Espíritos de Moisés e de Elias, ali, então, naquele instante, vivos e materializados fisicamente, e, pois, vistos a olho nu pelos integrantes daquele momento tão especial dos ensinamentos bíblicos e cristãos!

Sendo que tais fenômenos da materialização do Espírito, desenfaixado da matéria carnal, foram exaustivamente estudados pelos mais diversos sábios da Metapsíquica, logo após Kardec, no Século 19 e início do 21. E, ao que saibamos, ainda se fazem e se estudam tais fenômenos, conquanto mais raramente.

Noutros termos: o Mundo Espiritual vem a ser uma dimensão que interpenetra - com os mais diversos Seres ou Espíritos - o Mundo Terreno Material, e, pois, o dito Mundo Espiritual está aqui do meu lado, do vosso, e de todos nós; ou, noutros termos: Nós todos, seres humanos, estamos no Mundo Espiritual, conquanto reencarnados no Mundo Material, por maior que seja o paradoxo de tal afirmativa deslumbrante; e isto, pois, se dá, ou se verifica, pelo fato de que nós, os Homens, também somos Espíritos que, de sua parte, se encontram jungidos, de modo temporário, à matéria carnal por medida educativa e, pois, evolucionária.

A obra de Kardec, do Século 19, nada mais é que uma confirmação positiva de tal fato; e a obra de Xavier, do Divaldo, e de tantos outros renomados médiuns do Século 20, também é uma confirmação de tudo quanto foi dito: de que nós, os Seres humanos, como Espíritos reencarnados, não estamos sós, mas sim rodeados de “nuvens de testemunhas” dos nossos mais “ocultos” sentimentos, pensamentos e atos, quaisquer que sejam.

Assim, pois, pelo fato de o Mundo Espiritual estar jungido e interpenetrado ao Mundo terreno, é que os Espíritos, libertos da matéria carnal, podem se comunicar com os homens: mais ou menos médiuns que o são. Noutros termos: Espíritos Superiores como Emmanuel, André Luiz, Joanna de Ângelis, dentre outros, são provenientes de planos ou de esferas mais sublimadas da Espiritualidade, se manifestando por grandes instrumentais mediúnicos, como Chico Xavier, Divaldo P. Franco, dentre outros.

Porém, de retorno à esfera psíquica mais próxima de todos nós, os seres humanos, em tal esfera nos mostra o que André Luiz denomina por Umbral. Mais ainda, deve se dizer que pelos nossos bons ou maus atos - dos homens -, é que os Espíritos umbralinos se entrosam e se comunicam conosco: mente a mente, cabendo-nos informar que: “... O plano (Umbral) está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo Espírito, esteja onde estiver, é um núcleo de forças irradiantes que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a Ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um”. (Vide: “Nosso Lar” – André Luiz – 1943 – FEB.)

Logo, e, em tempo algum, nós, os Homens, não nos achamos sós!

Estamos, sempre, seguidos ou acompanhados por nossas companhias espirituais: boas ou más, conforme nossas tendências para uma ou outra coisa, cabendo-nos – aos Homens – decidir por uma ou outra coisa, pois que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

Logo, desde o despertar ou o “abrir-de-olhos” para a vida mundana de nossas mais diversas atribuições, cumpre-nos rogar ao Altíssimo e aos nossos Anjos Guardiães, nos livrarem das más ações, dos maus pensamentos que partem do nosso Vibrar mais íntimo, do nosso Coração, tal como nos falava Jesus naquele que entendemos ser o mais importante livro da Humanidade Terrena: “O Evangelho”.

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita