Joias da poesia
contemporânea

Autor: Lulu Parola (Aloísio Lopes Pereira de Carvalho) 

 

Confissão


Quando a cela de carne vira pó,

A gente volta vivo para cá,

Lembrando com saudade de dar dó

Essa boia daí que aqui não há...

 

Moqueca, caruru, mãe-benta, efó,

Quibebe, canjiquinha, munguzá,

Sequilhos, abará, manuê, bobó,

Tutu, acarajé e vatapá...

 

Vivo morto de fome por aqui!

Para que eu não embirre igual guri,

É preciso ter muita e muita fé...

 

Puxa, meu pessoal! Que sururu!

Ouçam meu coração que fala nu:

 Cuidado, pois o garfo dá banzé!

 

Do livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita