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por José Reis Chaves

 

Entendendo da fé raciocinada cristã espírita


Inspirou-me para fazer esta matéria o comentário de um leitor da minha coluna “Fomos criados de graça, mas a salvação, não”, de 3-5-2021, no Portal de O TEMPO, de Belo Horizonte.  Tal comentarista afirmou que eu deveria criar uma nova religião da razão, e deixar o Cristianismo em paz.


Essa religião da razão ou de fé raciocinada já existe e é cristã, ou seja, o Espiritismo, embora haja teólogos contrários, o que é uma questão de opinião que até já venceu... Não há, pois, necessidade de se criar outra! Aliás, o Espiritismo é também filosofia e ciência; é religião só no sentido de moral, aquela do Evangelho do maior de todos os grandes mestres que já encarnaram em nosso planeta Terra, Jesus Cristo. Kardec, “o bom senso encarnado”, foi muito feliz em dizer o que é o Espiritismo no sentido de religião, e sobre quem é espírita, afirmando que espírita é aquele que se esforça para praticar a moral e o bem. E, para completar, disse a sua famosa frase: “Fora da caridade, não há salvação”, a qual sintetiza tudo o que ensina o Cristianismo. É por isso e outros fatores de peso que o Espiritismo é considerado o Consolador prometido por Jesus, pois nos faria lembrar de ‘todas’ as palavras de Jesus.

Há uma tradição que diz que o Consolador veio em Pentecostes. Porém, Pentecostes nos lembra simplesmente dos fenômenos mediúnicos ou pneumáticos envolvendo Jesus e seus apóstolos. Não nos lembra das palavras proferidas por Jesus, como Ele mesmo nos afirmou. Se elas foram ditas, ficaram no anonimato, pois não aparece no texto bíblico uma só palavra sequer de suas pregações. E se a lembrança das palavras de Jesus não aconteceu, como vimos, é realmente porque a doutrina espírita é o Consolador. De fato, o Espiritismo nos lembra fartamente, e de modo racional e convincente, de ‘todas’ as palavras do excelso Mestre. Ademais, o Pentecostes, além de não nos lembrar, não há registro bíblico nenhum do que teria sido dito nesse fenômeno mediúnico bíblico, o que nos faz crer, mais ainda, que a doutrina dos Espíritos é mesmo o Consolador prometido. Alguém diria que Jesus não sabia, ou teria mentido para nós a respeito do Consolador?



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita