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por Waldenir A. Cuin

 

Onde está escrita a lei de Deus?


“Onde está escrita a lei de Deus? - Na consciência.” (Questão 621, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.)


Seguimos pela vida ainda vivenciando pouca evolução espiritual, mas já tendo certa consciência da nossa individualidade e sabendo que o progresso que precisamos realizar é tarefa exclusivamente nossa, nos preocupamos em acertar mais e errar menos.

Obviamente a questão está em como fazer isso. Como escolher o caminho adequado, tomar as atitudes corretas e evitar os equívocos.

Na condição de filhos de Deus e, sendo esse Pai soberanamente justo e bom, certamente nos delegou todos os recursos e mecanismos capazes de nos assegurar perfeitas possibilidades de trilhar pelas veredas ideais.

As leis do Criador estão escritas em nossa consciência. Dessa forma, indispensável é que nos esforcemos para reconhecê-las e aplicá-las no quotidiano. Claramente, ninguém poderá afirmar que não as conhece.

Em determinada oportunidade Jesus ensinou à humanidade que aquilo que não é bom para nós certamente também não será para o nosso irmão, deixando-nos uma regra simples, mas de profundo alcance.

Então, toda vez que estivermos na dúvida sobre uma decisão a tomar, uma escolha a fazer, ou uma ação qualquer, reflitamos se o que estamos por decidir com relação àqueles que seguem conosco, seria bom para nós. Como reagiríamos se alguém tomasse a decisão que estamos pretendo, em relação a nós? Agindo assim, sem dúvida, a probabilidade de acertar será muito maior do que a de errar.

Ainda a Providência Divina sempre disponibilizou criaturas que nos deixaram e ainda demonstram grandes exemplos a serem seguidos. Verdadeiros arautos ensinando com suas ações e comportamentos, notáveis roteiros de vida que, se devidamente observados, nos servem de base e apoio.

Jesus Cristo, num esforço que jamais conseguimos compreender, pessoalmente nos entregou suas inesquecíveis e profundas lições que, mesmo as conhecendo teoricamente ainda, temos imensas dificuldades de exemplificá-las na prática, mas que nos dão total condição de distinguir entre o que é correto e o que é indevido.

Assim, na certeza de que o que nos interessa verdadeiramente são as conquistas de valores espirituais, pois que a nossa vida na Terra tem essa proposta, procuremos nos apoiar sempre naqueles que dignificam a vida, que apresentam comportamentos nobres, atitudes fraternas, ações honradas e exemplificam sempre um caráter ilibado. Fujamos dos que poluem a vida social com o desprezo pela moral, espargindo exemplos de promiscuidade, insensibilidade, desagregação familiar e sovinice.

Reflitamos, parafraseando Chico Xavier: “O mundo não é dos espertos. É das pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza um dia é descoberta e vira vergonha. A honestidade se transforma em exemplos para as próximas gerações. Uma corrompe a vida; a outra enobrece a alma”.

Orientação precisa para uma caminhada segura não nos falta, uma vez que as Leis de Deus estão inseridas em nossa consciência e, por extensão, espalhadas em todos os quadrantes do universo, para que as observemos.

Vivenciá-las é tarefa exclusivamente nossa.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita