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por José Reis Chaves

 

A graça é para todos, mas uns a recusam


Sim, a graça é para todos, pois, Deus não faz acepção de pessoas. Mas ela é recebida na medida em que a quisermos receber, já que Deus não a impõe a nós, mas apenas no-la expõe, pois, Ele é infinitamente perfeito, respeitando religiosamente o nosso livre-arbítrio, o que não acontece conosco, já que ainda estamos longe da perfeição semelhante à de Deus. E quem não quiser receber, totalmente, a graça, fica mesmo com ela insuficiente para a salvação.

Mas o espírito, por ser imortal, tem todas as eternidades para um dia aceitar a graça em toda a sua plenitude. E porque ela é infinita, um dia, sem dúvida nenhuma, ela o atingirá, quando ele se tornar realmente seguidor do Evangelho do excelso Mestre.

Estamos dizendo essas coisas baseado na Bíblia. Porém, não vamos citar referências de seus livros, versículos etc., pois se trata de questões bem conhecidas dos seus leitores. E ela diz que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, mas isso em estado potencial, como se fôssemos uma semente, a qual tem o gérmen da planta, mas ainda demora tornar-se de fato uma planta propriamente dita, exigindo de nós para isso o que nos toca fazer.

Então, por recebermos a graça da salvação, mas só na medida que a quisermos receber, o que quer dizer de modo imperfeito, nós não a possuímos suficientemente para a nossa salvação ou libertação. Por isso, só a graça não basta. Como diz o Nazareno, muitos querem passar pela porta estreita, mas não podem, do que se conclui, claramente, que é porque eles ainda não são dignos de se salvarem. E como costumo dizer, muitos ainda nem têm interesse de a atravessar, pois, estão ainda totalmente mergulhados nos interesses desta vida material e, pois, nem sequer pensam nas coisas espirituais. São Espíritos ainda imperfeitos, o que não quer dizer que eles sejam maus em si, mas porque são Espíritos muito novos e, pois, ainda, bem pouco evoluídos espiritualmente.

E quais Espíritos encarnados aqui nesse nosso mundo físico que recusam receber plenamente a graça da sua libertação, só a recebendo em parte insuficiente para se salvarem? São, praticamente, todos nós, com raríssimas exceções. Por isso, Deus, Pai e Mãe de todos nós e que nos ama mais do que nós mesmos nos amamos, pois, seu amor por nós é infinito, enviou-nos seu filho e irmão maior nosso para trazer-nos o código de moral mais perfeito que existe, o Evangelho, para nos colocar no verdadeiro caminho da salvação, o qual, quando for mesmo vivenciado por nós, nós voltaremos a nos unir novamente ao nosso Deus, Pai Amoroso, do qual viemos. Se o que dissemos não for verdade, então Jesus teria perdido o seu tempo em nos trazer o seu Evangelho, pois seria ele só pra inglês ver!

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita