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por Rogério Miguez

 

Como fazer o bem em tempos de pandemia


O surgimento do novo coronavírus alterou o nosso cotidiano sobremaneira, principalmente de todos aqueles que estão habituados a praticar caridade, participando presencialmente de variadas atividades visando ao auxílio do próximo em suas muitas necessidades.

Muitos estão inquietos com a orientação dos órgãos de saúde pública para que permaneçamos reclusos em nossas residências. Desta forma, creem ficarem impedidos de oferecer ajuda, ainda mais em um momento como este, sem poderem levar consolo através de uma palavra amiga, até mesmo um prato de comida a tantos famintos de nossa sociedade.

Diante deste temporário quadro que se apresenta na atualidade, no intuito de lembrar os companheiros de fé, buscamos alinhar singelas sugestões que podem ser úteis a todos nós:

· Enviar recursos financeiros, se dispomos, para ONGs ou entidades que reconhecemos em atividade ética e moral patentes.

· Fazer Evangelho no Lar tantas vezes quantas forem possíveis para atrair os bons Espíritos que, por sua vez, poderão igualmente trazer outros Espíritos para estudar conosco ou mesmo receberem algum alívio, prática que interessa a todos, principalmente os médiuns que poderão realizar o trabalho que era desenvolvido nas casas espíritas, agora em suas próprias residências.

· Não pensar nem falar mal dos outros.

· Enviar vibrações e preces, particularmente os passistas, aos doentes e necessitados que conhecemos, ou participar de eventos ao vivo de trabalhos visando gerar vibrações coletivas pelo bem da humanidade.

· Caso seja expositor, estudar para melhor se preparar para a ocasião da palestra virtual, quando poderá esclarecer dúvidas de ouvintes e participantes, consolando pelo esclarecimento.

· No caso dos que escrevem, escrever com calma e atenção visando à publicação futura com o objetivo de ajudar os leitores sequiosos de entendimento da Doutrina.

· Preparar refeições na própria residência e solicitar que trabalhadores vinculados à distribuição de quentinhas recolham-nas em nossa casa, para posterior encaminhamento aos muitos necessitados.

· Igualmente pode-se confeccionar roupas para recém-nascidos, crianças menos favorecidas pela sociedade e solicitar apoio de trabalhadores que distribuirão aos carentes.

· Enviar mensagens ou mesmo telefonar para pessoas que estejam necessitadas de apoio moral ou espiritual, realizando assim, um possível atendimento fraterno a distância. Lembremos dos depressivos que, no isolamento, sentem-se mais sozinhos do que nunca.

· Evitar usar os recursos das redes sociais para espalhar fake news ou mesmo manter conversas fúteis e desnecessárias neste momento de tanta dor e apreensão com o futuro, ao contrário, usar as tecnologias para enviar mensagens de pacificação, com boas notícias, pois notícias ruins já as temos de mãos-cheias no noticiário televiso.

Alguns conhecem a sugestão do sábio Santo Agostinho quando propôs esta atitude salutar a todos os interessados em conhecer-se a si mesmos:

“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever”. 1

Fazendo uma analogia a esta sábia recomendação, poderíamos também nos perguntar ao nos prepararmos para dormir, sobre o bem que fizemos, se cumprimos com os nossos deveres, mesmo “prisioneiros” em nossas residências.

 

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. 93. ed. 9. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2019. q. 919a.


 

 

     
     

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 Revista Semanal de Divulgação Espírita