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por Luiz Guimarães Gomes de Sá

 

Espiritismo: a doutrina da alma


A Doutrina dos Espíritos, revelação anunciada por Jesus, trouxe uma marca indelével para a humanidade. Nada obstante as inúmeras dificuldades encontradas, Allan Kardec, missionário responsável por esse ingente esforço, conseguiu confirmar a comunicação dos Espíritos com os seres encarnados como algo natural e não de origem demoníaca. Enfrentando os dogmas e rigidez da época, não se intimidou. Obtendo informações e confrontando-as com tantas outras, constatou a veracidade do que lhe era apresentado, valendo-se da observação e da ciência que é um dos pilares da Terceira Revelação.

A luta foi intensa e a glória bem maior. No aprofundamento de suas pesquisas contou com diversos cientistas para afastar o misticismo e o sensacionalismo das ocorrências, face à curiosidade de muitos que se aproveitavam para encenar truques e iludir o povo. Criterioso e competente, obteve incondicional ajuda dos Espíritos Superiores, para tamanha façanha cuja credibilidade derrocou as sombras da ignorância da época, já que os chamados “fenômenos” eram corroborados pela ciência que fortalecia o entendimento.

A mediunidade firmou-se nas comunicações, materializações e fenômenos de transportes, evidenciando a verdade perante todos, a exemplo dos livros Fenômenos de Materialização, de Paul Gibier e Ernesto Bozzano, e Fenômenos de Transporte, de Ernesto Bozzano, e muitos outros. Não havia como contestar os fatos a não ser por aqueles que não se dobravam às evidências. A época era propícia face ao Iluminismo que trazia novos horizontes de conhecimento e sentimentos humanos. As mentes mais sensíveis e, obviamente contando com o concurso da espiritualidade, oportunizaram novas concepções frente às realidades incontestes.

Assim o Espírito “fora desvendado” à luz desses estudos profundos e consistentes, para que houvesse com a racionalidade a convicção de que somos Espíritos imortais vivendo em corpos perecíveis. E ainda, que os sofrimentos que nos assolam são frutos das condutas delituosas quanto às Leis de Deus decorrentes dos pensamentos enfermiços do Espírito. Dessa forma o Espírito foi confirmado como sendo a Sede do pensamento e nela residindo as mazelas que eclodem no corpo físico. Destarte, tratar da Alma consiste em curar, também, o corpo enfermo. Sendo o ser humano um complexo - bio-psico-socio-espiritual -, abriga o cerne de todos os seus desafios de onde promanam as nossas ações trazendo-nos as boas ou más consequências daquilo que realizamos.

Dizemos Doutrina da Alma, por ser esta a essência da vida por albergar a Centelha Divina que nos impulsiona para a Luz - o caminho que Jesus nos deixou. Invariavelmente ela é a chave do progresso necessário e, por conseguinte, deve ser nela que deveremos nos debruçar para que possamos evoluir cumprindo a Lei do Progresso comum a todos nós. No processo reencarnatório trazemos o acervo das boas conquistas e também a decepção dos desacertos do pretérito.

Esses arquivos é que deverão ser modificados no caminho da nossa evolução. Corrigindo-os e vivenciando novas oportunidades de aprendizado, estaremos no caminho da luz. Através dessa depuração é que estaremos nos libertando das dores e sofrimentos que fustigam o corpo físico.

O Espiritismo trouxe-nos conhecimentos que convalidam pelos estudos o discernimento que nos conduz à certeza da imortalidade do Espírito e que caminhamos todos, sem exceção, para a Paz no Reino de Deus.   


 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita