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por Arleir Bellieny

 

A vacina de Evangelho e a pandemia


Nesses momentos de incerteza pelas vidas das pessoas que amamos e pela nossa própria vida, por mais que tenhamos cuidado, permanece a dúvida: estou fazendo a coisa certa? Eu me cuido adequadamente? Nunca nos sentimos tão vulneráveis quanto nesses momentos de insegurança e convulsão mundial.

Milhares de mortes (desencarnações) nos cercam diuturnamente. A dor da perda nunca foi tão dolorida e presente. No Brasil, centenas de milhares de vidas passaram para o outro lado, de forma abrupta e inesperada; maioria delas não teve a oportunidade de ser vacinada pela ciência humana. Quantas lágrimas molharam as nossas faces e ainda estão apertando nossos corações de saudade!

A Pandemia da COVID 19 está contemplando todas as faixas etárias e sociais:  há esperança de vida nas vacinas que são as benesses da ciência humana, que aliás, devemos respeitar e seguir as orientações e os protocolos de aplicação. Faz parte do contexto e está, certamente, sendo orientado pelo plano maior.

Assistimos com frequência às pessoas “felizes”, postando fotos e comentários sobre as etapas alcançadas (primeira e ou segunda dose) nas redes sociais, exibindo seus braços desnudos para receber o líquido que promete salvar suas vidas. É meritório, portanto, os cuidados com a saúde física na preservação da vida. É dever de todos. Vale ressaltar, portanto, que, segundo a Doutrina Espírita, somos Espíritos imortais que, Encarnados ou Desencarnados, continuaremos vivos; que há uma outra VACINA cujo princípio ativo é encontrado no Evangelho de JESUS, O Cristo.

Foi-nos prometido por Ele, como “O Consolador”, aquele que nos aliviará de todas as dores e sofrimentos e, para tanto, precisamos aceitar ser vacinados.

Para obtermos a imunidade plena é preciso oferecer os corações abertos e receptivos às mensagens da Boa Nova e das Bem-Aventuranças. Precisa ser reforçada todos os dias, horas e minutos. A imunização se dá pela cultura (de cultivar), e não da cultura do saber (intelectual).  Isso porque o princípio ativo da vacina do Evangelho foi cultivado em Jerusalém, na Galileia, no Tiberíades e por onde o Mestre passou.

O grupo de controle, composto pelos 12 apóstolos, recebeu a primeira e definitiva dose, a partir da casa da sogra de Pedro, por ocasião do ‘primeiro culto do Evangelho no lar’, realizado por Jesus de Nazaré (1). Desde então, os semeadores continuam, incansavelmente, multiplicando o princípio ativo da Boa Nova; algumas sementes caíram na beira do caminho e os pássaros comeram; outras no pedregulho, onde o sol, ao aquecer as rochas, as queimaram; outras caíram nos espinheiros, foram sufocadas pelos espinhos; outras, porém, caíram em terreno fértil e foram adubadas, cuidadas, vigiadas, separadas das ervas daninhas e produziram frutos sazonados, rendendo cem por um, outros sessenta por um, outros trinta. (2) 

Como saber se a vacina ‘pegou’ e qual exame pode revelar sua eficácia? A eficácia da vacina de Evangelho é notada primeiramente naquele que demonstra que tem fé em Deus, em sua bondade, em sua justiça e em sua sabedoria. Tem fé no futuro, é bom e humano, respeita todas as convicções sinceras, não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança, é indulgente para com as fraquezas alheias, estuda as suas próprias imperfeições e trabalha em combatê-las. Não se envaidece.  

Enfim, torna-se um homem de bem, sem efeitos colaterais. Quanto ao exame... cada um recorra à sua consciência.


Referências bibliográficas:

(1) Neio Lúcio, livro Jesus no Lar, psicografia de Francisco Cândido Xavier.

(2) O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, Sede Perfeitos, item 5.


O autor é 
Psicólogo Clínico, Expositor Espírita Internacional e Membro Fundador da AME-RIO e AME INTERNACIONAL (Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro e Associação Médico-Espírita Internacional).


 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita