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por Nilton Moreira

 

“Ai que ódio!”          


É comum ouvirmos pessoas se expressarem a respeito de algo dizendo “ai que ódio!”, outras, “eu odeio tal pessoa” e existem aquelas que em momentos decisivos dizem “vou te odiar para sempre”. Resumindo: são todas manifestações que ensejam desejo de amaldiçoar.

Quem diz ter ódio diante de circunstâncias se sente momentaneamente realizado, aliviado, e acredita que está assim atingindo outrem, mas engana-se quem pensa assim, pois o ódio é uma energia tão pesada que, ao ser mentalizada, dissemina no próprio corpo uma energia tão destruidora que normalmente vai ensejar moléstia, que pode ser mínima ou até grave.

O primeiro a ser atingido pelo ódio somos nós mesmos, quando o exteriorizamos. Seria menos grave, muito embora não saudável, se investíssemos contra quem temos algo contra, e tirássemos satisfação sobre o que aconteceu, do que ficarmos com o sentimento de ódio.

Ódio é uma energia tão maléfica que fica impregnada em nossa alma/espírito e nos acompanha depois da morte física. É normal nas reuniões de nosso grupo chegarem Espíritos cujas pessoas mantiveram ódio quando vivas, e agora, fora do corpo, continuam com esse ruim sentimento, sentindo a necessidade de continuar a perseguição.

Jesus, em momento algum, nos ensinou a ter ódio quando esteve por aqui, portanto, é um sentimento conservado pelas pessoas que ainda não descobriram o caminho do amor.

Às vezes ficamos buscando motivos pelos quais desenvolvemos doenças graves, principalmente câncer, mas esquecemos de fazer uma avaliação de como andam nossos pensamentos e atos. É comum ficarmos doentes, afinal, não somos perfeitos, mas em muitas ocasiões poderíamos ter um pequeno mal-estar, no entanto, nos deparamos com um diagnóstico de gravidade que vem para nos chamar atenção de como estamos conduzindo nossa vida, possibilitando uma melhoria na nossa maneira de viver e ver as pessoas que estão ao nosso redor.

Em nada soma a gente desenvolver ódio no coração, pois é normal a pessoa, para a qual mantemos um ódio profundo, nem saber. Então, é o mesmo que tomar veneno e querer que o outro morra.

É lógico que não vamos desejar coisas boas a quem nos faz mal, mas pelo menos sejamos fortes e sigamos nosso caminho sem desejar desgraça à pessoa que nos prejudicou, pois, certamente, se fomos ofendidos ou perseguidos, fez parte de uma provação ou expiação.

Busquemos na prece a força para nos livrarmos desse sentimento mórbido, e seremos mais felizes.




 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita