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por Aylton Paiva

 

Valdomiro Lorenz, Esperanto e Espiritismo


Para falar sobre Francisco Valdomiro Lorenz, buscamos a palavra abalizada de Emmanuel:


“Aqueles que atingiram a Espiritualidade Superior não cessam de criar alegria e cultura, elevação e beleza.

Aqui temos Lorenz de volta, o companheiro infatigável do Plano Físico, em plenitude de trabalho, no Mundo Espiritual.

O Esperanto – porta da confraternização humana – é o tema por ele escolhido para o noticiário, através do correio mediúnico.

Quando a Terra de hoje é arroteada pelo alvião do progresso e quando comunidades supercultas se empenham a redescobrir as realidades do Espírito, imprimindo-lhes novo colorido às definições, ao registrá-las e fichá-las sob outros nomes, saudamos o amigo que volve ao campo dos conhecimentos humanos convidando-nos à continuidade da obra de Zamenhof, o missionário da união e da solidariedade, da concórdia e da paz”.  (1)


Pelo respeito e consideração de Emmanuel podemos avaliar a evolução espiritual de Lorenz.

No ano de 1872, em 24 de dezembro, nasce na aldeia de Zbislav, na região da Boêmia, na Tchecoslováquia, em uma família muito humilde.

Aos quatro anos já lia os jornais da localidade, mas seus estudos no grupo escolar e ginásio foram feitos com muito sacrifício em virtude da pobreza.

Aos 17 anos, dominava as línguas eslavas e mais o latim, o hebraico e o grego. Também estudou o chinês, do qual se tornou tradutor oficial, e também o inglês, francês, o italiano e o árabe. Além disso se interessou pelas línguas artificiais: o Volapuque e o Esperanto. Manteve correspondência com Lazaro Luiz Zamenhof, o criador do Esperanto.

“Nessa época (1889), ainda muito jovem, aconteceu um fato muito significativo em sua vida. Convidado por um colega, compareceu a uma sessão espírita, levado mais pela curiosidade. Uma Entidade comunica-se e dirige-se ao visitante rendendo-lhe homenagem e esclarecendo ao final: “Atravessarás os mares, separar-te-ão dos teus, e a ti milhares deverão suas luzes espirituais”.

Efetivamente, passaram-se os anos e foge ele, precipitadamente, para o Brasil, sem tempo mesmo para despedir-se dos seus. De Lisboa enviou um cartão aos seus pais, com os seguintes dizeres: “Meus pais, o destino me leva além dos mares. Adeus! E nunca mais voltou ao Velho Continente”. (2)

Apenas três anos após o aparecimento do idioma publica seu primeiro livro: Plena Lernolibro de Esperanto por Ĉeôj.

Já no brasil, fixa residência na cidade de Porto Alegre, contudo, por conselho médico, muda-se para Dom Feliciano, Distrito do Município de Encruzilhada do Sul, onde se casou e constituiu a família. Apesar de admirável poliglota e vasta cultura, quase até o fim da sua vida física, ali residiu exercendo as profissões de agricultor e professor.

Mesmo em ambiente tão simples culturalmente, tem uma vasta produção intelectual: obras espiritualistas: 17; traduções: 19 de diversos idiomas; Esperanto: 12; linguística: 7; diversos: 5.   

Assim se expressa seu biógrafo Ney da Silva Ribeiro: “Traduziu livros do sânscrito, hebraico, grego antigo, inglês, francês, italiano, chinês, japonês, árabe, estudou o volapuque (que antecedeu o Esperanto), o tupi-guarani, o maia e vinte idiomas dos povos americanos nativos.

Em sua erudição linguística, verteu o versículo 16 do capítulo 3 do Evangelho de São João, em 70 idiomas. Para penetrar a grandiosa beleza do “Sermão da Montanha”, no original, estudou o aramaico. (3)

Escreveu os seguintes livros em Esperanto: Plena Lerenolibro de Esperanto por Ĉeôj, Esperanto sem mestre, Diverskolora bukdeto, Voĉoj de poetoj el la spirita mondo, Bhagavad-gita, tio estas sublima kanto pri la senmorteco, Antonologio de brazilaj poetoj.

Como médium psicografou, diretamente em esperanto, poesias de vários autores espirituais que constam do livro Voĉoj de poetoj el la spirita mondo, editado pela Federação Espírita Brasileira, em 1944.

O seu livro para o estudo do idioma, Esperanto sem mestre, é clássico e completo para a perfeita aprendizagem, lançado também pela federação Espírita Brasileira em 1938 e aprimorado em várias edições.


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FACILIDADE DO ESPERANTO

O verbo não varia em pessoa e número. Exemplo: mi vidas (eu vejo), vi vidas (você vê), li vidas (ele vê), ni vidas (nós vemos), ili vidas (eles veem). Enquanto no idioma português a terminação do verbo variou conforme a pessoa, em esperanto, a terminação continuou a mesma. Quanto isso economiza de tempo na aprendizagem dos verbos.


Danku al Dio por la beno de la vivo - 
Agradeça a Deus pela bênção da vida.

 

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ACESSE EM O CONSOLADOR: ESPERANTO SEM MESTRE.

 

Bibliografia:

1. O Esperanto como revelação/Esperanto kiel revelacio -  organizador: Hércio Marcos Cintra Arantes. Estudos: Elias Barbosa, Benedicto Silva, Ney da silva Pinheiro. Vertido para o Esperanto por Benedicto Silva (Bilíngue: Português e Esperanto). Editora Instituto de Difusão Espírita – IDE – 5ª edição – 1996. Págs. 10 e 11.

2. Idem, idem – pág. 96.

3. Idem, idem – pág. 90.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita