Cinco-marias

por Eugênia Pickina

Alimentação infantil: uma tarefa diária

 

A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida. Sêneca

 

Lidar com a alimentação infantil não é fácil. Essa é uma tarefa cotidiana e que depende muito da rotina familiar da família. Sentar à mesa para comer em horários determinados, oferecer alimentos adequados para a saúde e evitar distrações – celulares, TV ligada – são atitudes que envolvem responsabilidade e consciência por parte dos adultos.

Sempre é bom lembrar que a criança aprende pelo exemplo. Não adianta querer que ela coma cenoura, arroz ou tomate se o pai, por exemplo, prefere hambúrguer e batatas fritas no jantar…

Há crianças que comem bem. Há crianças que comem como um passarinho. Comparar um filho aos irmãos ou aos filhos de amigos é sempre pouco instrutivo. No dia a dia, o importante é que o cardápio da criança seja equilibrado e variado. Além disso, o acompanhamento pediátrico é essencial para avaliar o desenvolvimento e bem-estar da criança.

Em algum momento rejeitar alimento é atitude normal. Se a criança não quer comer, respeite-a. O que não é benéfico é substituir o almoço por alimentos menos saudáveis e com isso dar início a um péssimo hábito.

Pais que se preocupam em fazer a criança alimentar-se bem devem evitar oferecer a ela alimentos industrializados – papinhas de prateleira, bolachas recheadas, salgadinhos etc. – ou seja, produtos que a indústria cria para tornar a comida caseira natural “pouco interessante”. Sim, pois à medida que esses produtos combinam sal, açúcar e gordura, entre outras coisas, dão uma sensação de prazer que nenhum prato de arroz e feijão e verdura consegue vencer. O resultado? Criança dependente de junk food e desnutrida.

A alimentação, na verdade, começa na cozinha, no momento do preparo dos alimentos. Desde cedo instigue a curiosidade da criança, deixe ela amassar, mexer e, conforme adquira senso e entendimento, estimule-a a participar da preparação dos pratos.

Hora de eleger os alimentos? Ir à feira, instruir-se sobre os alimentos, fazer horta, colher, lavar alface, batata, escolher receitas, tudo isso faz parte da educação alimentar da criança e ativa, desde o começo da vida, o gosto por alimentos naturais e saudáveis.


Notinha

Infelizmente, em todo o mundo e no Brasil, com o passar dos anos, houve uma drástica mudança no comportamento alimentar das casas. As crianças passaram a ter contato com alimentos industrializados e hipercalóricos, e se afastaram das frutas e de outros alimentos naturais e saudáveis. Estar comprometido com a saúde e deixar de lado os alimentos ricos em gorduras e açúcares é fundamental para que a família consiga manter a rotina de uma alimentação saudável. No dia a dia, é importante escolher versões integrais dos cereais e farinhas, como massas, arroz e pães, aumentar o consumo de verduras e legumes, e cortar do cardápio os alimentos ultraprocessados, redes de fast food e os refrigerantes.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita