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por José Reis Chaves

 

Evolução, racismo, bullying, ideologia e mídia


Quem estuda linguística ou mesmo só etimologia, sabe que há uma grande diferença entre o significado de um substantivo e de um adjetivo. Substantivo designa um ser. Já o adjetivo dá apenas uma qualidade ao ser propriamente dito. O que importa mais é, pois, o substantivo. O adjetivo lhe dá somente uma ideia secundária, por exemplo, de medida, de cor, porém, o substantivo, quando se trata de um ser vivo, ele designa a sua espécie. Exemplos: a espécie humana e a espécie bovina. São espécies diferentes.

Quando eu era escolar do antigo primário, entre os meus sete e doze anos, em Lafaiete (MG), quase todos os alunos tinham apelidos. E era dito que a gente, não se incomodando com o apelido, ele não ia em frente. E a maioria não se incomodava mesmo com os apelidos, que acabavam realmente desaparecendo, salvo raras exceções. Por que será que muitos se incomodam hoje tanto com apelidos nas escolas? Seria por exagero da mídia nas suas abordagens sobre eles? Foi até criado o nome de bullying para eles! E até parece que, nisso, em vez de evoluirmos, andamos para trás, criando um mal que, antes, não existia!

E, quanto ao racismo, mais frequente entre os jogadores de futebol, criou-se uma grande confusão. E seria também por culpa da mídia?

No Brasil, o racismo é, geralmente, fruto de um desentendimento momentâneo, sem ódio premeditado. Nos Estados Unidos, ele é frequentemente com ódio, pois ainda recebe influência da Guerra Civil Americana de Secessão. E tanto o do Brasil como o dos Estados Unidos são também envenenados pela mídia, e, às vezes, por questões ideológicas. O Presidente Trump dos Estados Unidos perdeu a sua reeleição, em parte, por causa das manifestações contra o racismo e a direita. E alguns veículos da mídia brasileira parecem que querem fazer, também do racismo brasileiro, que, como vimos, é muito diferente do americano, um meio político ideológico para prejudicar o Presidente do Brasil.

Dissemos que o substantivo é diferente do adjetivo. Com isso, queremos dizer que todas as pessoas negras, brancas e amarelas etc. pertencem ao substantivo que designa a ‘espécie humana’. Todas as pessoas têm, pois, qualquer que seja a sua raça ou cor, a certeza absoluta de que são seres da ‘espécie humana’ e de que a sua cor é apenas uma questão secundária, adjetiva, que não as descaracteriza como seres humanos da nossa espécie.

Então, se alguém nos chama de branquelo, negrão ou amarelão, por que nós nos preocuparmos tanto com esses adjetivos? Por acaso, quando somos criticados ou xingados com o uso deles, nós deixamos de pertencer ao substantivo da nossa superior ‘espécie humana’?


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita