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por Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

 

Movimento perigoso contra a vacinação da Covid-19


Hoje, o ‘eu não sei’ se tornou o ‘eu ainda não sei’. 
Bill Gates


São muitas as mensagens falsas espalhadas, indiscriminadamente, através de grupos e rede de contatos sociais. A mais recente fala sobre a cura da infecção com um método bem simples: com uísque e mel. Mas não houve milagre, nem cura por enquanto, porque nenhum remédio ainda foi capaz de prevenir a infecção pelo coronavírus.

A grande esperança é com a aplicação de vacinas, e grandes potências econômicas disputam essa liderança de apresentar uma com resultado, o mais satisfatório, porque o tempo é curto.

E nessa busca pela preservação da saúde e pelo ganho financeiro surgem os favoráveis e os contra a vacinação.

A pandemia do novo coronavírus contribuiu para que os grupos antivacina voltassem a ganhar visibilidade. O movimento, que surgiu nos Estados Unidos no fim da década de 90, divulga ideias absurdas e mentirosas sobre imunizantes e afirma que a vacina contra a Covid-19 será puro veneno e que os “laboratórios vão, na verdade, introduzir chips no corpo das pessoas”. O grupo costuma publicar vídeos com informações falsas que viralizam rapidamente e ganham o apoio de milhares de pessoas.

Recebi de alguns amigos, pela internet, alguns vídeos de supostos médicos que desaprovam as novas vacinas, desde italiano, alemão com tradução legendada, e um brasileiro que chama a vacina de lixo.

Ao contrário do que diz esse perigoso movimento, a vacina é a forma mais eficaz, senão a única, de frear o contágio de doenças infecciosas como o novo coronavírus. Mesmo que não tenha cem por cento de aprovação, é melhor se expor a algumas contraindicações do que ter que enfrentar a covid-19, que já derrubou um milhão de pessoas no mundo num caixão lacrado.

No Brasil já se pensa em uma lei da vacina, de obrigatoriedade legal, pois que se 70% da população for vacinada cria-se uma imunização contra aqueles que não aceitaram – uma minoria. Na atualidade, a vacinação no Brasil é parcialmente obrigatória; o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – cria a obrigatoriedade para o conjunto de vacinas infantis recomendadas pelas autoridades sanitárias.

Mas, por outro lado, inexistem penalidades definidas na lei para os pais que não cumprem com seus deveres, desobedecendo a lei.

No Brasil, o movimento antivacinal, ainda pequeno no país, tende a crescer sob o impulso do misticismo, ignorância e descrença dos benefícios das vacinas.

O que se questiona é se será necessário o Congresso, muito desacreditado, criar uma legislação para impor a imunização geral, compulsoriamente, e com lei para punir efetivamente aqueles que têm responsabilidade de tutores de menores e que não cumprem seus deveres sociais e de progenitores.


Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é diretor da Editora EME.


  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita