Correio mediúnico

Espírito: Alberto Santos Dumont

O caminho da verdadeira glória


Amigos, Deus vos recompense.

A lembrança da prece me comove as fibras íntimas.

O espírito liberto esquece o homem prisioneiro.

A alvorada não entende a sombra.

Tenho hoje dificuldade para compreender a luta que passou e, não fosse a responsabilidade que me enlaça ainda ao campo humano, em vista das aflições que me povoaram as últimas vigílias na carne, preferiria que as vossas recordações, ainda mesmo carinhosas e doces, não me envolvessem o nome do lutador insignificante.

Descobrir caminhos foi a obsessão do meu pensamento. Reconheço hoje, porém, que outra deve ser a vocação da altura.

Dominar continentes e subjugar povos, através dos ares, será talvez a extensão do domínio da inteligência perversa que se distancia de Deus. Facilitar comunicações às criaturas que ainda não se entendem, possivelmente será acentuar os processos de ataque e morte, de surpresa, nas aventuras da guerra.

Dolorosa é a situação do missionário da ciência que se vê confundido nos ideais superiores. Atormentada vive a cultura que não alcançou o cerne sublime da vida.

Terei errado, buscando rotas diferentes?

Certo, não.

O mundo e os homens aprenderão sempre.

A evolução é fatal.

Todavia, recolhido presentemente à humildade de mim mesmo, procuro caminhos mais altos e estradas desconhecidas, no aprendizado do roteiro para o Cristo, Senhor de nossas vidas.

Não há voo mais divino que o da alma.

Não existe mundo mais nobre a conquistar, além do que se localiza na própria consciência, quando deliberamos converter-nos ao bem supremo.

Sejamos descobridores de nós mesmos.

Alcemos corações e pensamentos ao Cristo.

Aprimoremo-nos para refletir a vontade soberana e divina do Alto por onde passamos.

Crescimento sem Deus é curso preparatório da queda espetacular.

Humilharmo-nos para servir em nome de Dele é o caminho da verdadeira glória.

De qualquer modo, agradeço-vos.

O trabalhador que repara as possibilidades para ser mais útil jamais se esquecerá de endereçar reconhecimento às flores que lhe desabrocham na senda.

Crede! Não passo de servidor pequenino.

Que o Senhor nos enriqueça com Sua divina bênção. (Alberto Santos Dumont)

 

Do livro Tempo e Amor, mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita