Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Fé e obras


“A fé se não tiver obras, é morta em si mesma.” (Tiago 2:17.)


Imaginemos o mundo transformado num templo vasto, respeitável sem dúvida, mas plenamente superlotado de criaturas em perene adoração ao Céu.

Por dentro, a fé reinando sublime: Orações primorosas... Discursos admiráveis... Louvores e cânticos... Mas, por fora, o trabalho esquecido: Campos ao desamparo... Enxadas ao abandono... Lareiras em cinza...

De que teria valido a exaltação exclusiva da fé, senão para estender a morte no mundo que o Senhor nos confiou para a glória da vida?

Não te creias, desse modo, em comunhão com a Divina Majestade, simplesmente porque te faças cuidadoso no culto externo da religião a que te afeiçoas.

Conhecimento nobre exige atividade nobre. Elevação espiritual é também dever de servir ao Eterno Pai na pessoa dos semelhantes.

É por isso que fé e obras se completam no sistema de nossas relações com a vida superior.

Prece e trabalho.

Santuário e oficina.

Cultura e caridade.

Ideal e realização.

Nesse sentido, Jesus é o nosso exemplo indiscutível.

Não se limitou o Senhor a simples glorificação de Deus nos Paços Divinos, quanto à edificação dos homens. Por amor infinitamente a Deus, na Sublime Tarefa que lhe foi cometida, desceu à esfera dos homens e entregou-se à obra do Amor infatigável, levantando-nos da sombra terrestre para a Luz Espiritual.

 

Do livro Palavras de Vida Eterna, mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita