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por Juan Carlos Orozco

 

Ano novo: o recomeço do começo


Mais um ano começará.

Começará para recomeçar.

Será uma nova oportunidade para recomeçar o que já foi começado.

Um recomeço para se fazer diferente.

Pelos inúmeros recomeços, retornamos e evoluímos moral e espiritualmente.

Passado, presente e futuro se conectam em recomeços na busca da felicidade bem-aventurada.

Nova oportunidade, nova chance, novos planos, novos motivos...

Para ser diferente, o combustível do recomeço deverá ser amar como Jesus amou.

Do começo ao recomeço, lembremos que Deus é amor.

Por amor, o Criador nos dá nova oportunidade de recomeçar no caminho da verdade e da vida na busca da perfeição.

A semente é a Palavra, com os ensinamentos e os exemplos do Mestre Jesus.

Contudo, para recomeçar e renovar, é preciso querer fazer diferente.

O “querer”, porque depende do livre-arbítrio; da vontade que rompe a inércia. Pois que: “Querer é poder! O poder da vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços” (Léon Denis. O problema do ser, do destino e da dor.) Logo, o querer com consciência é perceber o sentimento que temos de viver, agir e pensar.

O fazer diferente é ter consciência de que o que fazíamos precisa ser mudado. É viver conduzindo uma ação transformadora no caminho da verdade que liberta a alma.

Mas não esqueçamos da perseverança e da vigilância.

Perseverança, porquanto recomeço e renovação são longos processos de preparação, de amadurecimento, de florescimento e de produção dos bons frutos. Ademais, seremos julgados pelas obras ao final de cada recomeço.

Vigilância para não cair em tentação. Para tanto, vigie os pensamentos como esclarece Léon Denis: “A fiscalização dos pensamentos implica a fiscalização dos atos, porque, se uns são bons, os outros sê-lo-ão igualmente, e todo o nosso procedimento achar-se-á regulado por uma concatenação harmônica. Todavia, se nossos atos são bons e nossos pensamentos maus, apenas haverá uma falsa aparência do bem e continuaremos a trazer em nós um foco malfazejo, cujas influências, mais cedo ou mais tarde, derramar-se-ão fatalmente sobre nossa vida”.

Nesse contexto, uma mensagem de Léon Denis para as nossas reflexões:

“Todo o poder da alma resume-se em três palavras: querer, saber, amar!

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a que aspiram governar.

Acima de tudo, porém, é preciso amar, porque sem o amor, a vontade e a ciência, seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura”.

Um feliz ano novo, um feliz recomeço e uma feliz renovação!    

 

Bibliografia:

DENIS, Léon. O problema do ser, do destino e da dor. 32ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2017.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita