Cartas

Ano 14 - N° 697 - 22 de Novembro de 2020

De: Regina Rodrigues (Santa Luzia, MG)

Segunda-feira, 16 de novembro de 2020 às 10:55:52
Bom dia! Gostaria de saber de vocês: houve mesmo adulteração nas obras de Allan Kardec? E nas de Chico Xavier? Estamos ouvindo rumores que houve adulteração. Gostaria de saber a opinião de vocês.

Gratidão. Paz e luz!

Regina


Resposta do Editor
:

A resposta é sim, quanto às alterações feitas em várias obras de Emmanuel. A FEB (Federação Espírita Brasileira), por meio de sua editora, substituiu as epígrafes que abrem os capítulos da série Fonte Viva, do conhecido autor espiritual. No texto original, Emmanuel utilizou, para redigir as epígrafes, o Novo Testamento traduzido para o idioma português por João Ferreira de Almeida, cuja obra é certamente a mais divulgada no Brasil, sobretudo pelas instituições protestantes (hospitais, escolas e igrejas). É possível que Emmanuel tenha optado pela tradução de João Ferreira de Almeida justamente por isso.

O procedimento da FEB foi, sem dúvida, equivocado e desnecessário, além de ilegal, visto que para isso seria necessário obter primeiro a permissão do autor. Como Chico Xavier, o responsável encarnado pelas obras, já desencarnou, o contato teria de ser feito com seu sucessor legal.

O prejuízo doutrinário não tem, no entanto, a dimensão que vem sendo publicamente alardeada e, por isso, não damos ao episódio e à campanha a importância que seus defensores esperam, porque – da maneira como essa campanha vem sendo realizada, de forma pública – isso em nada contribui para o fortalecimento do movimento espírita brasileiro. Afinal, o responsável legal pelos direitos autorais das obras poderia exigir a retificação do equívoco sem alarde nenhum, mediante contato direto com a diretoria da FEB. 

Quanto às obras de Allan Kardec, especificamente “A Gênese”, é preciso ter cuidado, visto que novas pesquisas sugerem que as alterações feitas a partir da 5ª edição da obra parecem ter sido feitas pelo próprio Allan Kardec, não por terceiros. Sobre o assunto, vale a pena assistir à entrevista que o confrade Carlos Seth Bastos concedeu ao Canal Espiritismo Em Kardec. Para acessar o vídeo, clique aqui

 

De: Sebastião V. (Florianópolis, SC)

Domingo, 15 de novembro de 2020 às 20:13:30
O Médium inconsciente perde totalmente sua consciência e fica à mercê do Espírito, ou pode controlar o que o Espírito fala?

Sebastião


Resposta do Editor
:

Na psicofonia inconsciente equilibrada, em que o médium esteja perfeitamente harmonizado com a tarefa mediúnica, ele não fica à mercê do Espírito e pode perfeitamente controlar a fala e as atitudes do comunicante.

O assunto tem, no entanto, certas particularidades a que nos referimos na edição 296 desta revista, cuja leitura recomendamos. Para ler o texto então publicado, clique aqui

 

De: Paulo Augusto Esteves (Concórdia, SC)

Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 às 21:13:32
Boa noite, sobre a dúvida da Soraya Maria Ribeiro Monteiro de Matos (Rio de Janeiro, RJ) publicada na seção de Cartas da edição 674 - 
para ler, clique aqui -, achei algo na página do Facebook do Núcleo Espírita Meditação e Caridade. Para acessá-la, clique aqui: link do Núcleo

Abraço
Paulo

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 12 de novembro de 2020 às 04:39

Assunto: Cavernas umbralinas

A Vida além da vida nos traz situações de aprendizado que jamais imaginaríamos confrontar conosco mesmo. Somos eternos aprendizes na Escola Universal. Que tanto na Terra como fora dela – nos planetas espirituais – sempre estaremos aprendendo algo, de alguma situação que deixamos passar “de liso” a nossos olhos, mas não da Justiça Divina sempre ativa e atenta para conosco.

André Luiz, como o título é bastante claro, está fazendo parte de uma comissão que iria excursionar nas cavernas no Baixo Umbral, liderada pela servidora Cipriana. Mas, para desapontamento de André, fora ele proibido em todas as suas particularidades. Faltava-lhe o Curso de Assistência aos Sofredores. Como poderemos observar aqui, toda experiência com sucesso depende de sua parte teórica quanto prática. E o noviço de Calderaro não tinha nem um nem outro. Mas ganharia subsídios de aprendizado excursionando no limiar das cavernas.

Vamos analisar as ponderações que a servidora Cipriana dirigiu a André, muito desapontado, no livro “No Mundo Maior”, no capítulo 17, intitulado “No Limiar das Cavernas”, pela mediunidade de Chico Xavier. “Cada situação a que somos conduzidos é portadora de ocultos ensinamentos para nosso bem”. No currículo da nossa passagem na Terra quanto nos planetas espirituais a que nos vinculamos, toda situação que nos abarca em todos os sentidos nos beneficia com ensinamentos, muitos deles criptografados, ou seja, ainda não compreendidos por nós. Se podemos analisar seu contexto, naturalmente poderemos sair vitoriosos nas suas enchanças, ganhando novos vetores de assimilação a nosso favor. Nada é por acaso. Sabemos disso, não é mesmo? Sempre existirá um “porquê” diante das nossas tabelas de nomenclatura sentimental e uma solução plausível para todas as nossas dúvidas. Vale do nosso concurso saber examinar cada situação com presteza e determinação para que o fracasso não seja ponto crucial para a nossa pontuação no exame existencial na Terra. Ficariam, portanto, André Luiz e Calderaro nas imediações daquele Vale de sombras. Lastimável a situação daquelas almas nesse precipício de sofrimento.

Podemos encontrar no meio espírita muitos confrades e confreiras a não aceitarem – por ignorância – que nessas regiões trevosas os espíritos aí não conseguem volitar. Referente ao assunto, vamos ver o que nos narra André Luiz: “Certos grupos volitavam a pequena altura, como bandos de corvos negrejantes (...) ao passo que vastos cardumes de desventurados jaziam chumbados ao solo”. Diante da afirmação de André Luiz, os espíritos sitiantes das trevas podem volitar sim, decerto com limites, claro. Mesmo assim, o ambiente nesses locais era sufocante para aqueles que ali procuram resgatar os irmãos necessitados de salvamento. Não parece para nós, mas a região em que nós, encarnados, vivemos, não fica longe das paragens descritas pelo pupilo de Calderaro. É questão de afinidade e nela, quanto dela, necessitamos para viver e conviver com o nosso próximo.

Difícil jornada, mas necessária, não acha, Leitor Amigo?

Aécio César

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 17 de novembro de 2020 às 22:05

Assunto: Palavra que salva

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São mensagens como esta:

“O professor estava no portão da Universidade quando foi abordado por um dos seus alunos do último ano da Faculdade de Medicina.

De forma repentina, o jovem lhe disse: Professor, minha formatura será no dia 18 de dezembro. Quero que o senhor saiba de uma coisa.

Sempre gostei da forma como conduz com humanidade o seu ensino. Por isso, eu quero lhe confidenciar um projeto que acalento desde algum tempo.

Sabe, quando eu nasci, fui abandonado pelos meus pais. Fui criado pelos meus tios.

Nunca perdoei minha mãe e meu pai por me rejeitarem. Então, no dia da minha formatura, pretendo dar um presente para eles: vou me matar.

Vou deixar um bilhete muito bem escrito, culpando-os pelo meu gesto. Quero que eles sofram, que sintam remorso pelo que fizeram.

O professor tremeu. Esqueceu o compromisso que tinha, esqueceu de quem o esperava em algum lugar para o almoço.

Ali estava um jovem que iria destruir a sua vida, pensando em uma vingança. Dr. Laércio o chamou para um lugar mais reservado.

E a primeira pergunta que lhe dirigiu foi:

Meu filho, você diz que planejou se matar no dia da sua formatura, para castigar os seus pais porque eles o abandonaram.

Mas, você pensou nos seus tios? Pensou em como despedaçará os seus corações, eles que o acolheram desde o nascimento, que lhe deram carinho, que lhe ofereceram o regaço de pai e mãe?

Imaginou, por um minuto que seja, a dor que estraçalhará as suas vidas? Eles investiram amor em você, eles se sacrificaram para que você pudesse cursar a Faculdade.

Pensou em como eles devem estar aguardando, ansiosos, para assistirem a sua colação de grau? E você pensa em lhes oferecer o seu cadáver?

À medida que o professor falava, o rapaz foi se encostando na parede da sala e, devagarinho, foi arqueando as pernas, até se sentar no chão.

Lágrimas lhe corriam pela face. Soluços lhe sacudiam o corpo.

A conversa se estendeu e, quando foi concluída, o formando desistira da ideia suicida.

*   *   *

Assim acontece, muitas vezes, com algumas almas infelizes. Arquitetam a própria morte por vingança, porque desejam ferir alguém.

De outras vezes, porque sentem tanta dor que pensam que destruindo a vida, acabarão com a dor.

Enfim, muitos motivos existem para a fuga enganosa pelo suicídio.

Porém, de modo geral, aquele que isso planeja não pensa no coração de mãe que se despedaçará ao ter o corpo do filho morto nos braços.

No coração do pai que sonhou tanta felicidade para aquele filho e agora lhe acompanha o corpo ao cemitério.

Irmãos, primos, tios, avós, amigos, colegas, todos são envolvidos na tragédia. E, para alguns deles, o abalo será tão grande que demorará muito para se restabelecerem psiquicamente.

*   *   *

Bom, graças a um professor que se dispôs a ouvir e a conversar, passados dez anos, o reencontro de ambos foi emocionante.

Um era o velho mestre, à beira da aposentadoria, o outro um cirurgião cheio de planos, vigor e alegria de viver.

O abraço de ambos foi longo e, com a voz embargada, o ainda jovem segredou ao ouvido do seu salvador: Obrigado, professor, pela minha vida.

Obrigado, por me recordar da gratidão que eu devia e deverei sempre aos que me acolheram como filho.” (Redação do Momento Espírita.)

Direção do Jornal Mundo Maior

 


 
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