Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Após breve repouso em seguida ao almoço, Chico Xavier saiu do quarto dos fundos e cruzou o portão de saída, dirigindo-se ao carro que o levaria ao bairro dos Pássaros Pretos, subúrbio de Uberaba, para o Culto ao Lar, feito ao ar livre, à sombra de dois abacateiros. Eram 14h30 de um sábado ensolarado, envolvido por um céu muito azul e convidativo à reflexão.

Em sua casa, na rua D. Pedro 1º, visitavam-no umas 50 pessoas de diversas regiões, incluindo São Paulo, Rio, Goiás etc. Dessas, umas 30 o cercaram no corredor, cada qual expondo ou desejando expor seu problema. O médium fazia menção de andar, mas o pequeno círculo o retinha:

“Chico, meu filho morreu há 14 meses e nunca obtive notícias dele...”

“Chico, estou em tratamento há um ano e os médicos não acertaram minha doença...”

“Chico, no meu Centro Espírita em Mogi, há um grupo de irmãos que se opõe à fundação de um orfanato nos fundos do terreno. Que devemos fazer?...”

Chico respondia como podia e levava a mão direita ao peito, enquanto duas pessoas abriam caminho para que ele pudesse andar. À porta do automóvel, dra. Marlene perguntou-lhe: “Dói o peito?” “Um pouco – respondeu -, mas vou indo: Às vezes, sinto como se um punho de ferro me apertasse esta parte do peito. A seguir, a pressão diminui.”

Depois, como que respondendo a uma indagação, acrescentou: “Ultimamente os encargos da mediunidade não me têm permitido dispensar algum tempo para os meus amigos. Gostaria de atender a todos, a todos receber por igual em minha casa. Às vezes, se a dor chega quando estou conversando com as pessoas, vejo-me na contingência de ter que me refugiar no banheiro. Mas para mim sempre é um reconforto poder estar no trabalho mediúnico”.

Logo que entrou no carro, ele informou: “Vamos, que a dor está passando”.

 

Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino Nobre.



 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita