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por Waldenir A. Cuin

 

Aproveitar as lições da vida


“As provas na Terra apresentam sempre o lado de luz do que são mensageiras.” (Emmanuel, no livro Buscai e Achareis, item 7, psicografia de Francisco Cândido Xavier.)


Hoje já não constitui surpresa a assertiva de que o homem renasce na Terra em várias e oportunas reencarnações, objetivando realizar o seu progresso espiritual, uma vez que foi criado simples e ignorante, devendo seguidamente caminhar para a perfeição.

E se reveste a vida de inúmeros e diversos mecanismos, dentro da salutar e proveitosa escola terrena, visando oferecer ao aprendiz de virtudes celestiais, as mais profícuas e substanciosas oportunidades, sendo necessário ao viajor do progresso, saber extrair de cada momento o néctar precioso da experiência, pois cada acontecimento carrega consigo o seu lado de luz.

Quando somos submetidos a encargos difíceis, ao invés de nos considerarmos vitimados ou perseguidos pelos fatos, observemos o privilégio do desafio, pois não se confia tarefas complicadas e espinhosas a quem não tem condições de realizá-las.

Se nossa vida é uma rotina, na constante repetição das mesmas coisas, evitemos a lamentação, pois é na explicação reprisada seguidamente pelo professor que o aluno apreende as lições, conquistando a devida competência na matéria.

A solidão bateu forte em nosso coração; antes de qualquer azedume pensemos na possibilidade da vida estar nos oferecendo um pouco mais de tempo para melhores reflexões em torno de nossos objetivos na Terra.

Nosso corpo se apresenta doente, vitimado por lesões congênitas, sem soluções para o momento, lembremo-nos de que em outras existências talvez tenhamos utilizado mal os recursos orgânicos ao nosso dispor carecendo do reajuste de agora.

Surgiram adversários gratuitos em nosso caminho, evitemos o ódio e os qualifiquemos como fiscais proveitosos, apontando as falhas que apresentamos, na forma de críticas, pois assim teremos oportunidade de conhecer nossos defeitos e, em etapa posterior, procurar corrigi-los.                               Entes queridos nos tratam com desprezo e ingratidão, evitemos o revide, pois eles, sem o saber, estão testando nossa capacidade de amar, pois o verdadeiro amor é aquele que ama sem nada pedir em troca.

O fracasso surgiu como nódoas a manchar o rumo de nossos afazeres, afastaremos o monstro do pessimismo e da revolta e pensemos na necessidade de uma revisão em nossas metas e pensemos descobrir as falhas para recomeçar.

Em nosso lar identificamos discórdia; antes de atirarmos mais lenha na fogueira, lembremo-nos de que no ninho doméstico a vida coloca sempre aqueles Espíritos que carecem de reajustes e entendimentos, e que o nosso dever é trabalhar em favor deles e pela paz.

A desilusão consome os nossos melhores ideais, observemos então a nossa conduta, pois quem se desilude é porque se iludiu pelas estradas da existência, talvez trilhando por becos sombrios que nunca levariam a nada.

O sacrifício é uma constante em nossos dias, repletando nossa jornada de espinhos e decepções; não olvidemos que o crescimento espiritual requer renúncia e abnegação para que possamos alcançar no plano físico a escola de elevação espiritual.     

Meditemos nas lições ocultas que evolam dos problemas e assim estaremos extraindo, mesmo dos acontecimentos mais drásticos, o aprendizado que não podemos dispensar, uma vez que almejamos a verdadeira felicidade. 


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita