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por Vladimir Alexei

 

Na luz do Evangelho


O Evangelho de Jesus é por demais conhecido de todos. Em verso e prosa vertem odes que iluminam os dias e afagam as frontes ensimesmadas pelas lutas do cotidiano.

Por que escrever, então, mais alguma coisa sobre o Evangelho? Essa pergunta nos ocupa em quase tudo que escrevemos ao longo do tempo. As respostas mudam à medida em que mudam as necessidades, por isso tomamos a liberdade de trazer também o Evangelho, em “candeia progressiva”. À medida em que nos iluminamos com as luzes do Evangelho, a Candeia avança para o Alto, projetando os ensinamentos de Jesus à Luz da Doutrina Espírita.

A iluminação interior, proporcionada pela Luz do Evangelho, serve para enxergarmos em nós mesmos a grandeza da Vida germinando nos recantos da alma. O orgulho, que muitas vezes impede de enxergar o próprio valor, cede espaço para a simplicidade genuína, daqueles que sabem de suas limitações, mas nem por isso deixarão de combater o bom combate na vida que nos foi legada pelo Pai.

Se a cada reencarnação o ser humano trabalha as potencialidades da alma, há muito mais espaço para o crescimento do que para a lamentação. Erros do passado tornam-se cascalhos na estrada sinuosa que temos pela frente.

Jesus, em João (cap.9, v. 4), nos convida a caminharmos pela estrada da Vida, “enquanto é dia”, porque a “noite vem, quando ninguém pode trabalhar”. Se o dia, simboliza luz, encontramos alimento para a alma quando enxergamos mais longe, vencendo o imediatismo das lutas transitórias que ocupam a maior parte do tempo.

A “noite” é momento de reflexão e recolhimento. Momento em que somos convidados a repassar as experiências do dia, fortalecendo compreensão e entendimento sobre as potencialidades de nossa alma – valores, princípios, desejos e vontades.

Assim sendo, nossas singelas reflexões apenas reforçam o que nos invade a alma, quando, em meio aos enfrentamentos do dia a dia, conseguimos enxergar beleza, luz e amor em todas as manifestações da vida pulsante, conclamando-nos a despir-nos de preconceitos, arroubos de vaidades e invejas, para dedicarmos um pouco mais a compreender a luz que recebemos diariamente e que nunca reclamou de não encontrar morada em nossos corações. A luz, simplesmente, ilumina.

Que a Luz do Evangelho seja sempre presente no coração de cada um, hoje e sempre.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita