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por Altamirando Carneiro

 

A Nova Era


"Sonho que sou um cavaleiro andante, 

Por desertos, por sóis, por noite escura,       

Paladino do amor, busco, anelante, 

O palácio encantado da ventura."


Esta é a primeira estrofe do soneto Palácio da Ventura, do poeta português Antero de Quental (1842-1891). O soneto fala de um sonho belíssimo, mas elaborado por uma mente negativa (Antero de Quental desencarnou pelo suicídio) e tem um final melancólico. 

Na sequência do soneto, o poeta diz que, já cansado, exausto e vacilante, com a espada quebrada e a armadura rota, subitamente avista o palácio. Aos gritos, bate-lhe às portas. As portas se abrem... 


"Mas dentro encontro só, cheio de dor, 

Silêncio... escuridão... e nada mais."


Sonhemos em bases sólidas. Sejamos firmes naquilo que desejamos. Tracemos nossos objetivos que, por serem objetivos cristãos, somente nos conduzirão a palácios cujas portas, ao se abrirem, nos descortinarão um mundo de luz. 

É nossa obrigação dar exemplos; é nosso dever esclarecer as mentes; é urgente assumirmos atitudes vencedoras, mesmo ante todas as vicissitudes da vida. 

Quando o Evangelho penetra os corações, o negativismo se afasta. O sol do Evangelho nos tornará imunes de ideias infelizes, que conduzem o Espírito ao mais escabroso dos caminhos.

Na sociedade em geral, o homem vive como se a vida terminasse na sepultura. É o Espiritismo que vem dar a esse homem descrente e ignorante as informações necessárias, que o levam à conscientização da imortalidade do Espírito. Sabendo que a vida continua, o homem valoriza a vida, como um dom precioso de Deus.

Convém, com nossas boas atitudes e nosso bom comportamento, levarmos às mentes e aos corações a nossa filosofia de vida, consoante os ensinamentos cristãos: não mais dúvidas, mas certezas; não mais vacilações, mas firmeza; não mais temeridade, mas autenticidade. 

Nesta Nova Era, com os corações e as mentes ajustados ao bem, estejamos totalmente imunes às ideias destrutivas. Para essas ideias, sim, devemos dizer NÃO. Não ao aborto; não ao suicídio; não ao crime; não às drogas; não à violência geral.

Esta é a Era da nossa renovação.   


  

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita