Cartas

Ano 14 - N° 673 - 7 de Junho de 2020

De: Domingos Antero da Silva (Limeira, SP)

Quarta-feira, 3 de junho de 2020 às 00:06:32

Assunto: Ananias e Safira

Lemos em Atos dos Apóstolos, cap. 5:

"Mas um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade, e reteve parte do preço, sabendo-o também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.
Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade? Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.
E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram.
E, levantando-se os moços, cobriram o morto e, transportando-o para fora, o sepultaram.
E, passando um espaço quase de três horas, entrou também sua mulher, não sabendo o que havia acontecido.
E disse-lhe Pedro: Dize-me, vendestes por tanto aquela herdade? E ela disse: Sim, por tanto.
Então Pedro lhe disse: Por que é que entre vós vos concertastes para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o teu marido, e também te levarão a ti.
E logo caiu aos seus pés, e expirou. E, entrando os moços, acharam-na morta, e a sepultaram junto de seu marido."
Perguntamos:
1) Esta é uma das passagens dentre aquelas mais intrigantes do Novo Testamento, entretanto não vi, ainda, estudos ou explicações da Doutrina Espírita sobre ela. Existe algum estudo ou comentários da doutrina espírita sobre esta passagem?
2) Por que Ananias e Safira morreriam, com uma simples afirmação de Pedro? E por que isto haveria de acontecer se os bens eram deles e se estavam doando parte significativa para a comunidade cristã?

Domingos


Resposta do Editor
:

Cairbar Schutel examinou o caso Ananias e Safira em seu livro Vida e Atos dos Apóstolos, publicado em 1933. Ignoramos se outros autores trataram do tema. Sabe-se que nos primórdios do Cristianismo os apóstolos e seguidores de Jesus viviam em comunidade. Ninguém, diz Cairbar, era obrigado a entregar seus bens à comunidade. Se o fizesse, teria de ser de forma espontânea. Ao ser descoberto numa falta como a mencionada em Atos, é provável que a comoção que isso produziu tenha sido a causa da morte de Ananias e depois de Safira. Registre-se, porém, que Cairbar entende que naquele episódio não teria havido morte real, mas apenas morte aparente, talvez um caso de catalepsia semelhante, por exemplo, ao que ocorreu com Lázaro. O livro de Atos não traz, sobre o acontecimento, outras informações, de modo que nos é difícil afirmar taxativamente o que de fato ocorreu.

 

De: Francisco Antonio Roxo dos Santos (São Paulo, SP)

Quinta-feira, 28 de maio de 2020 às 16:36:52

Sugestão de leitura.

Qual livro me recomendam ler?

Obrigado pela atenção!

Francisco


Resposta do Editor
:

Aos que se iniciam no estudo do Espiritismo, a primeira obra a ser lida, conforme sugeriu o próprio codificador da doutrina espírita, é o livro “O que é o Espiritismo”, de Allan Kardec. Depois disso, vêm as obras que compõem o que é chamado no meio espírita de Pentateuco Kardequiano: “O Livro dos Espíritos” e as seguintes, todas elas disponíveis na biblioteca virtual de nossa revista.

Se a pessoa já passou por essa fase preliminar, sugerimos que procure ler os chamados clássicos do Espiritismo (Léon Denis, Gabriel Delanne etc.) e as obras de autores conhecidos em nosso meio pela seriedade do seu trabalho: Carlos Imbassahy, Deolindo Amorim,  Cairbar Schutel, Yvonne A. Pereira, Hermínio C. Miranda e José Herculano Pires, entre outros, quanto aos autores que as escreveram enquanto encarnados; e, no tocante aos autores desencarnados, Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos, Hilário Silva, Joanna de Ângelis, Manoel P. de Miranda e Amélia Rodrigues, entre outros.

 

De: Antonio C. (Rio de Janeiro, RJ)

Sexta-feira, 29 de maio de 2020 às 11:32:00

Leio alguns textos em que me deparo com as relações de igualdade, sendo usada como algo sagrado, ou cristão espírita. Vejo com muita tristeza tais afirmações, pois intendo que é justamente a nossa "desigualdade" como projeto sagrado de Deus para que, burilando-nos, possamos evoluir e melhorar. Temos como exemplo o nosso DNA, que reflete a nossa privacidade e individualidade. Respeito a liberdade de pensamento, mesmo quando contrário ao meu. O que não respeito é que tais pensamentos possam contaminar a minha mente. Eu não deixarei de ser reencarnacionista por motivo de tais discordâncias. Mas venho deixando de colaborar com alguns meios, como assinaturas de revistas, jornal, rádio, que associam tal equívoco de igualdade às ideias sagradas.

Antonio C.


Resposta do Editor
:

Respeitamos a opinião do leitor, mas não podemos ignorar o que nos ensina o Espiritismo a respeito das desigualdades sociais, um tema atualíssimo e que está também na raiz das manifestações que ocorrem nestes dias nos Estados Unidos.

Eis o que nos é dito pela principal obra espírita, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec:

806. É lei da natureza a desigualdade das condições sociais?

“Não; é obra do homem e não de Deus.”

a) Algum dia essa desigualdade desaparecerá?

“Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que dia a dia ela gradualmente se apaga? Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social.”

 

De: Pedro Augusto Perini (Angra dos Reis, RJ)

Sábado, 30 de maio de 2020 às 00:23:06

Melhor esclarecimento solicitamos: - sabemos que o perispírito se desmaterializa com a evolução do espírito. Continua ele com o espírito como ferramenta após não haver mais necessidade reencarnatória?

Pedro


Resposta do Editor
:

Conforme a informação contida na questão 186 d'O Livro dos Espíritos, mesmo os Espíritos puros, que não mais necessitam de reencarnar, conservam o perispírito, que – diz o texto – se torna tão etéreo que para nós encarnados é como se não existisse. E, no entanto, também eles revestem-se do envoltório perispiritual. 

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 2 de junho de 2020 às 20:30

Assunto: Cadeias da alma

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior -website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta que adiante transcrevemos:

“Você se considera uma pessoa livre? Mas, afinal de contas, o que é ter liberdade? Se pensamos que somos livres só pelo fato de não estar atrás das grades, podemos até nos dizer livres. Mas, será que realmente somos? Se você diz ter liberdade plena, mas se irrita quando os outros querem; se veste conforme os modistas determinam; sente ódio quando as circunstâncias pedem; usa a marca que a sociedade estabelece como sendo a melhor, e se submete a outras tantas cadeias psicológicas, você pode até dizer-se livre, mas é um encarcerado da alma.

O homem verdadeiramente livre é senhor de si, dos seus atos, da sua vontade. Quem é livre não se submete aos vícios, nem às convenções sociais descabidas, nem cai em armadilhas preparadas para os descuidados. A verdadeira liberdade é a liberdade da alma.

Gandhi, o homem que soube lutar pela paz, apesar de ficar detido atrás das grades muitas vezes, era um homem livre, pois ninguém conseguia aprisionar-lhe a alma.

Paulo, o Apóstolo, mesmo jogado numa cela fétida e úmida, manteve-se sereno e senhor da sua liberdade moral. Os homens podiam impedir que ele andasse livremente, mas jamais conseguiram deter sua liberdade de pensar e sentir. Quando um homem é livre, não se importa com o que pensam dele nem com o que falam a seu respeito, mas sim do que fala sua própria consciência.

Os pais e mães modernos nem sempre estão dispostos a educar os filhos para que sejam livres pois estabelecem, desde a infância, uma série de situações que tendem a fazer com que pensem pela cabeça dos outros. Não os deixam ter as experiências de que necessitam para ser livres e por isso os fazem seus dependentes. Dependem da mãe para escolher a roupa e o calçado que irão usar, para arrumar sua cama, para pôr ordem em seus brinquedos e, às vezes, até para fazer as lições da escola.

Sim, há pais que fazem pelos filhos as tarefas que os professores lhes solicitam. Pensando em ajudar, negam ao filho a oportunidade de se fazer verdadeiramente livre. Outros pais fazem dos filhos cópias perfeitas dos seus ídolos da TV. Compram roupas, bolsas, calçados e outros adereços dos personagens que a mídia produz, como se fossem modelos saudáveis a serem seguidos. Não se dão conta, esses pais, que estão criando um condicionamento negativo, impedindo que as crianças desenvolvam o senso crítico.

Importante que pensemos com seriedade a esse respeito, buscando a nossa liberdade moral e ajudando os filhos a conquistar sua própria libertação. Libertação física pela limitação dos apetites, não se deixando governar pelos instintos. Libertação intelectual pela conquista da verdade, mantendo a mente sempre aberta. E libertação moral pela procura da virtude.

Somente quando soubermos governar a nós mesmos com sabedoria é que poderemos nos dizer verdadeiramente livres. O limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, que gera para si mesma o cárcere de sombra e dor, ou as asas de luz para a perene harmonia.” (Redação do Momento Espírita)

Saudações.

Jornal Mundo Maior

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 28 de maio de 2020 às 09:27

Assunto: Recursos da Providência

Você alguma vez já parou para pensar que recebemos inúmeros recursos da Providência, indispensáveis a todos os nossos impulsos de melhoria para conquistarmos nossa redenção? Muitos desses recursos se apresentam mais presentes no nosso carreiro evolutivo, mas que nos passam despercebidos como também nos passa a adoração a Deus em todo o Seu esplendor e glória.

Entre muitos desses recursos, veremos alguns deles relatados por André Luiz no livro “No Mundo Maior”, no cap. XIII intitulado “Psicose Afetiva”, pela mediunidade de Chico Xavier, quando em visita a uma jovem mulher que pensava em suicídio por não ser bem relacionado por um grande amor.

Induzida a um sono pesado pelo instrutor Calderaro, ela, desligada do seu corpo físico, se interage com sua mãe desencarnada e por um grande amigo do seu coração. Vejamos: “Recebestes mil recursos diversos da Providência, (...). O corpo terreno, as bênçãos do Sol, as oportunidades de trabalho...”.

O corpo terreno...”. Numa porcentagem assustadora encontramos muitos espíritos reencarnados ou não que não conseguem assimilar a importância de um corpo físico, ou quando não, de um corpo perispiritual. Numa vida desregrada, diminui drasticamente o seu intervalo num corpo físico, voltando à pátria espiritual como suicidas indiretos.

A falsa modéstia levam muitos a atrair para si mesmos provas que não estavam em seu contexto de merecimento e, desabilitados para as assumirem, esse desfecho sempre termina com a morte prematura.

As bênçãos do Sol...”. É de difícil conotação uma criatura que não admira a Natureza, nossa mãe zelosa que a tudo nos dedica para que sejamos gratos ao Criador. Mas, pela incapacidade de sentir Deus na Sua estrutura incognoscível, difícil também lhe será admirar tanto o Sol quanto a chuva, o inverno quanto a primavera. São insatisfações gratuitas que em muitos se relevam. Reclamam sempre de tudo não se satisfazendo nas águas translúcidas da Verdade que dessedenta todos aqueles que procura, nelas, se saciarem.

As oportunidades de trabalho...”. São inúmeras, porém, nem todos tem olhos para vê-las ou ouvidos para escutar-lhe sua aproximação ante as variegadas chances de servir. Nem só de pão viverá o homem, disse-nos Jesus, mas ele nos mantém firmes para as investidas das tempestades das contradições que destroem todo e qualquer sonho bem arquitetado. Servir o próximo é servir a Deus diretamente. Nosso semelhante é nosso irmão em consanguinidade espiritual. Deveremos nos atinar para isso, pois que se amarmos os nossos, que bem estaremos fazendo para sufocar todo ódio no mundo lá fora? Os laços afetivos se nos são importantes para a construção da nossa individualidade, mas os laços espirituais são bem maiores e mais substanciados na Lei de Amor.

Amemo-nos, pois, todos nós. Vamos estruturar novas conceituações da nossa cristandade, pois ela, até então, se encontra em ruínas, causadas pela nossa carência em servir. Sirvamo-nos a todos que sofrem. E que possamos, assim, reverenciar em nossos braços e abraços, os recursos sagrados da Providência em todos nós.

Comigo, Leitor Amigo?

Aécio Cesar

 

De: Site Espírita - Irmãos W (São Paulo, SP)

Sábado, 30 de maio de 2020 às 23:43

Olá, caros amigos.

Saudações Kardequianas.

Primeiramente, o divulgador espírita César Perri nos traz um documento chamado "Gestão de Centros Espíritas em nossos dias". Para acessar, clique aqui-1

No setor Pesquisadores Espíritas Clássicos estamos atualizando no site um dos maiores inimigos do Espiritismo: René Sudre, que publicou em 1926 a sua famosa obra Introduction à la Métapsychique Humaine, que atacou a hipótese espírita da mediunidade.

Em 1919, o industrial francês Jean Meyer fundou, em Paris, o famoso Institut Métapsychique International (IMI). Jean Meyer era adepto fervoroso de Allan Kardec. René Sudre colaborou com o ilustre Dr. Gustave Geley entre os anos de 1921 e 1926, trabalhando no Institut Métapsychique International (IMI). René Sudre entrou em conflito com a orientação espírita da (IMI), pois os seus livros eram críticos da hipótese espírita sobre a mediunidade que foi realizada pelo Codificador do Espiritismo "Allan Kardec". Em 1926, René Sudre foi demitido do (IMI) pelo diretor Dr. Eugéne Osty devido a sua posição "fortemente antiespírita". Para acessar, clique aqui-2

Assista também ao vídeo "Yvonne do Amaral Pereira em 1965”, produzido por Jorge Rizzini. Para assistir, clique aqui-3

E a luta segue.

Wanderlei

 


 
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