Joias da poesia
contemporânea

Autor: Antônio Barros

 

Mãe
 

Nunca te esqueço os dedos de veludo,

Quando me carregavas no regaço…

Caí da imensidão azul do Espaço

Qual pássaro da noite, triste e mudo.

 

Cresci… Estás em tudo quanto faço…

No entanto abandonei o lar, o estudo,

Até que do prazer me desiludo

Arrasado de tédio e de cansaço.

 

Onde a estrela sublime do Universo,

Em que sintas a dor que há no meu verso?

Vem a mim, alma linda! Vence a bruma!

 

Quanto amor temos nós, no mundo inquieto,

Desde a ligeira estima ao grande afeto?

Mãe, porém, ante Deus, só tem uma!

 

Do livro Cartas do Alto, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita