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por José Reis Chaves

 

A minha tradução da Bíblia (Novo Testamento)


A fidelidade aos textos gregos do Novo Testamento não permite modificações nas traduções, mas permite interpretações diferentes das de outros tradutores. O importante da minha tradução (Novo Testamento) são algumas notas de comentários lineares, em negrito e letras maiores, com interpretações diferentes das de outros tradutores, que são geralmente padres e pastores, os quais se subordinam às doutrinas dogmáticas, que respeitamos, mas que nem sempre são bíblicas e racionais.

Porém, tem havido entre os tradutores e os teólogos cristãos uma lenta, mas importante evolução no entendimento racional de alguns textos bíblicos e que se aproxima do da doutrina espírita codificada por Kardec, a qual tem também instruções de Espíritos de alto nível de evolução espiritual e moral.

Vejamos exemplos bíblicos disso entre os muitos. Malaquias (em nota do capítulo 3:1 a 5), Elias é tido como sendo João Batista (Espírito), o Precursor, que veio preparar a vinda de Jesus. E, no apêndice, também, de Malaquias 3:23, João Batista é, igualmente, o Elias, ou seja, reencarnação de Elias. Ademais, Jesus é visto como o Javé, o que dá a entender que ele, Jesus, é reencarnação de Javé. Sabemos que isso é geralmente um ponto de vista delicado para muitos cristãos e judeus, não tanto pela ideia contida nele da reencarnação, mas ele aparece também em outras partes da Bíblia.

Mas vamos a outro exemplo de uma evolução do sentido não só de interpretações nas notas de comentários dos textos da Bíblia, mas até nas próprias traduções. Trata-se da parábola de um rico e um pobre de nome Lázaro, que era um mendigo doente e que ficava à porta da casa do homem rico, esperando ganhar algumas sobras das suas ricas refeições. Depois da morte dos dois, Lázaro estava muito bem, enquanto que o rico sofria muito. Por isso, o rico queria uma oportunidade de ressuscitar (aparecer) para seus parentes para avisá-los do que acontecia com ele, a fim de que eles não agissem como ele enquanto estava encarnado, e que fossem, pois, sofrer também como ele. Tudo isso, é claro, é figurado. Mas, em Lucas 16: 28, na Bíblia de Jerusalém e em outras, não aparece a expressão ‘para sempre’ para aquela situação de sofrimento sem fim para o homem rico. E, principalmente, por ser uma parábola, é uma história figurada que nos mostra que as condições reais de nossas vidas de Espíritos imortais que somos variam conforme as nossas semeaduras boas ou más, pois, de fato, colhemos o que semeamos. E mais este exemplo: João Batista foi enviado (João 1:6), logo, ele já existia antes, pois era o Elias.

Apesar de algumas questões serem bíblicas, são pouco faladas no cristianismo. Mas reiteramos que, nos comentários de minha tradução, elas são lembradas e com os sentidos dos verdadeiros vocábulos gregos.


P.S.: Recomendamos “Teologia da Verdade”, de Rosário Américo de Resende, Ed. Chico Xavier. Contato: (31) 3637-1048 e (31) 9 9979-0608.

 
 
 

     
     

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