Cartas

Ano 13 - N° 659 - 1º de Março de 2020

De: José Orlando Gonçalves (Belo Horizonte, MG)

Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020 às 16:45:16

Quando ocorre a individualização do princípio inteligente? Ou melhor, em qual reino?

Obrigado.

José Orlando


Resposta do Editor:

Já tratamos do tema proposto pelo leitor na seção O Espiritismo responde das edições 373, 404 e 536 desta revista.

Resumimos o que escrevemos nas oportunidades citadas:

1 - No cap. VI do livro A Gênese, Galileu (Espírito) afirma que o Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá o livre-arbítrio, a consciência e a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra de sua individualização. Apenas a contar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades.

2 - Gabriel Delanne e outros autores, como André Luiz, ratificaram esse entendimento.

3 – Extraímos da obra de Delanne as informações seguintes:

Nos organismos inferiores, o princípio anímico só existe em estado impessoal difuso, pois o sistema nervoso não está diferenciado. (A Reencarnação, tradução de Carlos Imbassahy, FEB, pág. 71.)

À medida que o sistema nervoso adquire mais importância, as manifestações instintivas variam e apresentam complexidade maior. (Obra citada, ibidem.)

Enquanto a vida se apresenta difusa, como no caso dos animais inferiores, e enquanto todas as células podem viver individualmente, sem auxílio de outras, o princípio inteligente mal se revela nítido, visto que nos seres rudimentares apenas se constata a irritabilidade, isto é, a reação a uma influência exterior e nenhuma sensibilidade distinta. Mas, logo que surge o sistema nervoso, desde o instante em que as funções animais nele se concentram, a comunidade viva transforma-se em indivíduo, pois a partir daí o princípio inteligente assume a direção do corpo e manifesta a sua presença com os primeiros clarores do instinto. (A Evolução Anímica, pág. 96.)

4 - A maior parte dos animais vertebrados possui um sistema nervoso bastante desenvolvido. Seu sistema nervoso central é composto pelo cérebro e medula espinal. Com base em Delanne, podemos deduzir que é neles, nos animais vertebrados, que o princípio inteligente é individualizado e pode, por conseguinte, ser chamado de “alma”. Assim, o chimpanzé é dotado de "alma". Claro que estamos falando de alma de animal, diferente da alma humana. Segundo André Luiz, a alma dos animais não é capaz de gerar pensamento contínuo, que é um atributo inerente à “alma” humana ou Espírito, ou seja, um ser que já pertence ao seio da Humanidade.

 

De: Gebaldo José de Sousa (Goiânia, GO)

Sábado, 22 de fevereiro de 2020 às 23:28

Assunto: Água fluidificada

Prezado amigo,

No livro 'Diálogo com as sombras' (25ª ed. FEB, p. 43), o autor afirma: "Não convém que a água esteja gelada: um amigo espiritual nos disse, certa vez, que a água à temperatura normal do ambiente se prestava mais facilmente à fluidificação ou magnetização."

Seu argumento na resposta que ofereceu ao leitor, na edição 658, é excelente!

Recebe a cordial abraço do

Gebaldo

 

De: Maria Ester Silva Rodrigues Caetano (Rio de Janeiro, RJ)

Quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020 às 14:59:35

Por que muitos espíritas se utilizam do Catolicismo para celebrar missa de Sétimo Dia se não são católicos?

Agradeço antecipadamente.

Saúde e paz.

Maria Ester


Resposta do Editor
:

Além da prática mencionada pela leitora, poderíamos acrescentar a busca do batismo e do casamento religioso por parte de famílias espíritas. Por que agem assim? Sinceramente, não sabemos, apenas lamentamos, visto que tais práticas não têm nenhuma relação com os ensinamentos espíritas. E se o fazem apenas para agradar à sociedade e aos amigos não espíritas, lamentamos ainda mais esse procedimento.

 

De: Simoni Privato (Montevidéu, Uruguai)

Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020 às 08:35

Assunto: O sofrimento de Amélie Boudet na Sociedade Anônima

Como foi o tratamento que Amélie Boudet, a viúva de Allan Kardec, recebeu na Sociedade Anônima?

Como a Sociedade Anônima retribuiu à Amélie Boudet a sua abnegação?

Como Amélie Boudet reagia aos desvios doutrinários da Sociedade Anônima?

Como Leymarie utilizou a boa-fé de Amélie Boudet  para promover os serviços lucrativos do fotógrafo Buguet no caso do chamado "Processo dos Espíritas"? Quais foram as consequências para Amélie Boudet, perante o Poder Judiciário francês e a opinião pública, dessa atitude de Leymarie?

Quais os ensinamentos que esses fatos históricos nos proporcionam?

O que podemos fazer para que situações semelhantes não voltem a acontecer, especialmente no movimento espírita?

Tratamos do assunto no vídeo que postamos nesta data. Para acessá-lo, clique aqui

Agradecemos a todas as pessoas que têm participado deste estudo e divulgado os vídeos.

Muita paz, saúde e felicidade a todos.

Simoni Privato

 

De: Priscila de Fátima Jerônimo (São Paulo, SP)

Quarta-Feira, 26 de fevereiro de 2020 às 13:27:38

Boa tarde, escrevo há alguns anos e gostaria de saber como faço para publicar um livro.

Gratidão.

Priscila


Resposta do Editor:

Se o desejo da leitora é publicar seu livro no formato impresso, o passo inicial é contactar uma das muitas editoras espíritas que atuam no ramo. No caso dos livros digitais – o chamado e-book – uma das opções é a EVOC, editora ligada a esta revista. Para saber mais sobre os objetivos da EVOC,  clique aqui

 

De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)

Sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020 às 08:01

Assunto: Coronavírus: a lição das epidemias (leia agora!)

Olá! Bom dia!

Tudo bem? Espero que sim!

A atual edição do jornal Correio Fraterno traz como matéria principal a questão do coronavírus.

Você já se perguntou por que as epidemias acontecem? E mais: Por que nem todos são contaminados? Por que uns morrem e outros não?

É preciso conhecer melhor o aspecto espiritual das doenças e saber como criamos as vulnerabilidades para que elas se manifestem. Você sabia que isso tem tudo a ver também com a nossa condição moral?

Independentemente de medidas urgentes a serem adotadas, visando estancar a proliferação do vírus, vale refletir sobre alguns aspectos muito interessantes a serem observados.

Pra começar, o espiritismo explica que as doenças fazem parte das provas e das vicissitudes da vida terrena. “Nos mundos mais adiantados, o organismo humano, mais depurado e menos material, não está sujeito às mesmas enfermidades.”

Você vai gostar de ler “Coronavírus: a lição das epidemias” e conhecer também o que dizem os espíritos sobre o tema, já na época de Allan Kardec: www.bit.ly/licao-epidemias

Boa leitura!

Até a próxima,

Izabel Vitusso

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 25 de fevereiro de 2020 às 22:21

Assunto: Carnaval.

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior -website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta redigida pela equipe do Momento Espírita, que adiante transcrevemos:

“O Brasil é um país de inúmeras festas. É assombroso o número de feriados no calendário anual. Mas, se somarmos os dias que são emendados, teremos ao longo do ano, mais de quinze dias parados. Segundo especialistas do assunto, os prejuízos são enormes para o país.

Agora, nesta época, temos o feriado de carnaval. Em alguns lugares perde-se mais de uma semana de trabalho. É o festejo da alegria num país de quase quarenta milhões de miseráveis.

Desde o início de janeiro a mídia vem explorando as folias de Momo, como se fosse o acontecimento mais importante do ano. Fala-se em alegria, festa, colocar para fora as angústias contidas durante o ano passado. Infelizmente, os caminhos propostos nada têm a ver com alegria ou alívio de tensões.

Ligamos a televisão e ouvimos a batida repetitiva das escolas de samba, cujo valor folclórico e cultural foi lentamente sendo perdido. Há muita gente que busca fazer do carnaval um momento de esperança, oportunizando empregos, abrigando menores e isso é muito valioso. Entretanto, o grande saldo da festa se resume em duas palavras: ilusão e sensualidade.

Referimo-nos à ilusão dos entorpecentes, dos alcoólicos. A ilusão de grandeza, que falsamente produz um imenso contraste entre a beleza da avenida e a subvida dos barracos. Falamos da sensualidade que se torna material de venda, nos corpos desnudos e aparentemente felizes por fora, mas muitas vezes profundamente infelizes por dentro.

As emissoras não cansam de exibir os bailes, os concursos de fantasias, os desfiles, levando-os a todos os que se comprazem em observar a loucura. Mas, ao longo do caminho, multiplicam-se os doentes de AIDS, os abortamentos, a pobreza e o abandono, a violência.

Com o risco de sermos taxados de moralistas, num tempo em que se perdem as noções de moralidade, não podemos deixar de analisar criticamente esses disparates do mundo brasileiro. Em nenhum momento nos colocamos contra a alegria. Porém, será justo confundir euforia passageira com alegria real?

Alegria de verdade seria viver num lugar onde não houvesse fome, violência, tráfico de drogas e tráfico de influências. Não podemos nos colocar contra o alívio de tensões. Entretanto, alívio real seria encontrar um caminho para os graves problemas que o país atravessa.

O carnaval é bem típico da alienação espiritual que a sociedade se permite. De um lado, as falsas aquisições sociais de alguns, negadas pela agressividade de muitos; de outro, a falsa felicidade de quatro dias de folia, e trezentos e sessenta e um dias de novas e renovadas angústias.

Vale a pena?

Nessas horas, pessoas embriagadas, perdidas, usam um segundo de falso prazer, em troca de um enorme tempo de arrependimentos. Por quê?  - Perguntamos.

As pessoas pulam, vibram, e nem ao menos sabem o motivo da festa. Vão porque as outras pessoas também vão. Enquanto a sociedade agir dessa forma, sem personalidade digna, dando valores justamente aos desvalores, as pessoas continuarão sofrendo as consequências de seus próprios atos.

Vamos fazer desses dias de feriado, dias de alegria verdadeira, em paz conosco mesmos. Vamos meditar, ler, pensar. Vamos conviver com nossa família e amigos, trocar ideias salutares. Vamos orar também por aqueles que ainda não tiveram consciência de fazer o bem conforme o Cristo nos recomendou, e padecem nesses instantes de euforia descontrolada.”

Saudações,

Jornal Mundo Maior

 

De: Fernando Rosemberg Patrocinio (Uberaba, MG)

Domingo, 23 de fevereiro de 2020 às 06:08

Caríssimo:

Há uma confusão no meio espírita acerca dos termos Kardecismo e Espiritismo; ora, Kardecismo define Doutrina de Kardec, daqueles que são adeptos de seus ensinos, de suas palavras e etc. e tal; já: Espiritismo expressa Doutrina dos Espíritos Superiores, e seus adeptos são os espíritas ou os espiritistas.

É que ao âmbito das obras codificadas de “O Livro dos Espíritos” (1857-AK), “O Livro dos Médiuns” (1861-AK), “O Evangelho Segundo o Espiritismo” (1864-AK), “O Céu e o Inferno” (1865-AK) e “A Gênese” (1868-AK), dentre outras, se discerne que há sim: posições tanto de Allan Kardec como dos Espíritos Superiores que ditaram sua doutrina do Espiritismo, e que, por sua vez: se destoam indubitavelmente.

Logo, dir-se-ia que há sim: Kardecismo e Espiritismo entrosando-se, distintamente, ao âmbito de tais obras, dentre outras, repiso.

Citemos um exemplo: os Espíritos Superiores, que caracterizam o Espiritismo, ministraram em sua obra “O Livro dos Espíritos”, questão 540, dentre outras, que a evolução espiritual se dá “do átomo ao arcanjo”, passando pelo Homem, evidentemente; já o Sr. Allan Kardec, comentando e encerrando a questão 613 do mesmo “O Livro dos Espíritos”, e, pois, destoando do que fora por eles ministrado supra, alega que dita questão da evolução espiritual do Homem “está nos segredos de Deus”, e, portanto, ele: Kardec, considera o Espírito, sua sobrevivência, e reencarnação, apenas ao âmbito da humanidade, alegando que sua origem está nos segredos de Deus.

Ora, como é que tal origem pode estar nos segredos de Deus se os Espíritos Superiores, ao Excelso Comando de Jesus, já nos revelaram que somos provindos dos reinos inferiores da criação?

Logo, há sim:

- Kardecismo: com posições, alegações, ensinos apequenados, ou não: de Allan Kardec, e seus adeptos seriam, ou são: os Kardecistas; ...

E, há sim:

- Espiritismo: com posições, alegações, ensinos superiores: dos Espíritos Elevados, que, se para Kardec, no caso retro citado, estão nos “segredos de Deus”, para tais Espíritos constitui revelação, algo, pois, Superior, o que se distingue, pois, das ideias de Kardec, do seu estreitado Kardecismo.

O Sr. Divaldo Pereira Franco: sábio humanista, médium escrevente e palestrante universal dos tempos modernos, declara, com todas as letras, que: “Não somos Kardecistas, mas sim: Espíritas”!

Ou seja: somos sim Espíritas: adeptos da Doutrina Superior do Espiritismo; e aqueles que querem ser Kardecistas e, pois, adeptos da mui restrita doutrina de Allan Kardec, que o sejam.

Referido tema, nos já o estudamos noutros textos e e.Books, e, presentemente, o estamos desenvolvendo em nosso 70º. e.Book de título: “CRISE NO KARDECISMO”, já devidamente postado em nosso mais recente blog: clique aqui para acessar

Um grande e forte abraço a todos,

Fernando Rosemberg Patrocinio


Resposta do Editor:

Sobre o uso do termo Kardecismo, sugerimos aos interessados que leiam o editorial publicado na edição 170 desta revista. Para acessá-lo, clique aqui

Extraímos do editorial citado, o trecho abaixo:

“No tocante à Doutrina Espírita, o próprio codificador reconheceu que não tinha o mérito da invenção de um único princípio. Então – escreveu ele – podemos dizer: a filosofia de Platão, a doutrina de Descartes, a filosofia de Leibnitz, mas nunca se poderá dizer: a doutrina de Allan Kardec, o que torna impróprio o vocábulo kardecismo e inadequada a expressão doutrina kardecista. (O que é o Espiritismo, capítulo I, Segundo Diálogo, págs. 119 e 120.)”

 


 
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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita