Joias da poesia
contemporânea

Autor: Cruz e Souza

 

No calvário da luz

 

Deixa que a Dor te rasgue o peito, ao grito

Da angústia extrema que te prende e enluta!

O buril que lacera a pedra bruta

Guarda o poder tirânico e bendito.

 

Infortunado, mísero, proscrito,

Segue, de pés sangrando, sob a luta,

De fronte iluminada e face enxuta,

Prelibando a grandeza do Infinito…

 

Avança à frente, moribundo embora,

Cultivando a bondade que aprimora,

De alma oprimida a soluçar, de rastros

 

Louva o crisol da desventura humana

Que a Vida Pura reina, soberana,

No roteiro mirífico dos astros.


Soneto psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, publicado na obra Nosso livro, de autoria de Espíritos diversos.

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita