Joias da poesia
contemporânea

Autor: Casimiro Cunha

 

A bússola

 

Na viagem rude e longa

Em região solitária,

A todos os viajores

A bússola é necessária.

 

Quando a jornada é difícil,

Aquele que a tem, de perto,

Vai seguindo confortado

Na bênção do rumo certo.

 

Soprem ventos formidandos

E a sombra prometa a morte,

A bússola honesta e firme

Não perde a visão do Norte.

 

Muita vez, em mar revolto,

Nas zonas desconhecidas,

Atende, silenciosa,

Dando fé, salvando vidas.

 

Tudo angústia da borrasca

E trevas de nevoeiro,

Mas a bússola responde

Aos olhos do timoneiro.

 

De outras vezes, no deserto,

Se palpita a inquietação,

Traduz generosamente

O conforto e a direção.

 

Em meio a vacilações,

Significa o resumo

De grandes consolações

A quem ame o próprio rumo.

 

Tanto em água revoltada,

Como em areia, em espinho,

A bússola generosa

Jamais esconde o caminho.

 

Nas rudes experiências

Da romagem terrenal,

Não se pode prescindir

Do rumo espiritual.

 

Se caminhas neste mundo,

Sejas moço, sejas velho,

Não esqueças, meu amigo,

A bússola do Evangelho.

 

Do livro Cartilha da Natureza, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita