Joias da poesia
contemporânea

Autor: Casimiro Cunha

 

Divina bênção

 
Se procuras no Evangelho

A luz da felicidade,

Exalta quanto puderes

A bênção da caridade.

 

Todo ensino da virtude

Faltará sempre à verdade,

Se fugimos de exercer

A bênção da caridade.

 

Desse modo, cada dia,

Em toda dificuldade,

Cultiva, seja onde for,

A bênção da caridade.

 

Há gesto nos que mais amas

Que te fira ou desagrade?

Conserva por diretriz

A bênção da caridade.

 

Se és constrangido a sofrer

A alheia agressividade,

Oferece à ignorância

A bênção da caridade.

 

Padeces, caminho afora,

Malícia, intriga, maldade?

Olvida o charco e semeia

A bênção da caridade.

 

Calúnia? Maledicência?

Que a treva te não degrade.

Estende na sombra, em torno,

A bênção da caridade.

 

Há quem surja vomitando

Pedra, lodo e crueldade?

Entrega às chagas da injúria

A bênção da caridade.

 

Socorre toda aflição

Que chora na tempestade,

Mas alonga ao próprio crime

A bênção da caridade.

 

Não te esqueças que Jesus

- Sol de amor que nos invade -

Passou no mundo espalhando

A bênção da caridade.

 

E, um dia, depois da morte,

No clima da eternidade,

Brilhará também contigo

A bênção da caridade.

 

Do livro Através do Tempo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita