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por José Reis Chaves

 

Os teólogos atuais são mestres dos antigos


Dada a escassez dos recursos que aceleram a evolução do conhecimento, em geral, nos tempos do início do cristianismo, quando os livros eram em pergaminhos e rolos de papiro, poucos podiam comprá-los. Assim, eram raros os estudiosos da Bíblia e da teologia.
Já os estudiosos atuais têm muitos recursos para aprimorar seus conhecimentos em todas as áreas, entre elas, a da Bíblia e da teologia. Como exemplos temos a invenção da imprensa por Gutemberg e, atualmente, os benefícios do computador e da internet.
E, assim, cada vez mais crescem as facilidades para os estudiosos modernos de quaisquer assuntos, o que possibilita aos biblistas e teólogos um melhor entendimento da Bíblia e da Teologia.

Sem dúvida alguma, pois que os estudiosos de hoje, de todas as áreas, estão em condições de retificar e de aperfeiçoar as doutrinas criadas nos primórdios do cristianismo por seus imaturos colegas, e sem a necessidade de que as novas teses teológicas de hoje se tornem dogmas para serem doutrinas oficiais do cristianismo.

E é inegável mesmo que algumas questões teológicas cristãs erradas precisam ser retificadas e adaptadas às interpretações mais amadurecidas e racionais dos textos bíblicos e teológicos. Ademais, os teólogos atuais podem contar com as ideias de muitas obras sobre esses assuntos, escritas ao longo dos séculos, as quais, somadas às ideias modernas sobre Deus, possibilitam uma visão mais verdadeira tanto das Escrituras como das questões teológicas mais racionais sobre o que seria mais condizente com uma melhor compreensão sobre a verdade do que é Deus, verdade essa que nunca será alcançada totalmente pela inteligência humana, finita que ela é e, pois, incapaz de compreender perfeitamente o que Deus é.  Mas, em vista dos estudiosos do passado e da evolução humana havida, os de hoje, sem dúvida, têm mais condições de chegarem mais perto da verdade sobre Deus, focada na Bíblia e na teologia.

Se alguém tiver dúvida sobre isso, basta-lhe contemplar, não com a visão de um “Zé Povinho”, mas de um modo científico, o que é hoje a visão da grandeza do Universo, e ficará perplexo sobre a magnitude da inteligência que o projetou, criou, e o administra.

Pelo pouco que abordamos nessa matéria, cremos que é suficiente para justificar o seu título: “Teólogos atuais são mestres dos antigos”. E até mesmo ousamos dizer que os teólogos e biblistas atuais têm até mesmo a obrigação de ter um conhecimento de mestres para seus colegas do cristianismo primitivo.

Fiquemos, pois, com os de hoje e os de amanhã, que poderão também ser mestres para os de hoje, já que as verdades humanas são temporárias, estando sempre em evolução, sendo, pois, relativas e não absolutas, principalmente as que se referem a Deus.
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita