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por Nubor Orlando Facure

 

Transições para novos paradigmas 


Os postulados científicos atuais já estão fartamente comprovados.

A Terra é redonda e gira em torno do Sol, contradizendo o senso comum e os textos das escrituras.

Os corpos caem por ação de uma força gravitacional, não por tendência natural da sua constituição como pensavam os filósofos.

Galileu demonstrou que existem crateras na Lua e satélites em volta de Júpiter, ficando claro que o firmamento não é uma obra acabada, formada como uma simples abóbada, enfeitada de estrelas fixas, como supunham os sábios da antiguidade.

O Universo iniciou-se com uma grande explosão e está em expansão há bilhões de anos e, não, criado nos seis dias bíblicos.

A Terra passou por grandes cataclismos geológicos e a vida no planeta teve início há 3,5 bilhões de anos.

O corpo humano é uma máquina cujo mecanismo podemos compreender dissecando sua anatomia e testando sua fisiologia sem qualquer referência a uma improvável ressuscitação dos corpos.

Todos organismos vivos estão se transformando em decorrência de uma contínua evolução, permanecendo as espécies melhor adaptadas aos desafios do ambiente.

O átomo não é partícula indivisível e hoje conhecemos grande parte dos seus componentes internos.

Energia e matéria são reversíveis entre si, podendo-se compreender a matéria como energia condensada.

Todas essas afirmações produziram mudanças no pensamento sobre o Mundo e nos conduziram a novos paradigmas científicos, não sem antes provocar um intenso choque cultural na ocasião em que foram enunciadas.

Ainda hoje, porém, ignoramos o que é vida, o que é energia, o que é gravidade, entre muitas questões fundamentais não esclarecidas.

Que mudanças podemos esperar para o futuro?

Estaremos preparados para aceitá-las?

Aqui estão algumas possíveis que já se anunciam:

1 - Há um mundo espiritual à nossa volta com o qual mantemos intenso intercâmbio de informações e interferências;

2 - Há outras expressões da energia para as quais ainda não temos instrumentos para registrar sua presença;

3 - A evolução fundamental é a evolução da Alma, que, na verdade, vem repercutindo e de alguma maneira determinando nossa evolução biológica;

4 - No decurso da vida de todos nós, há muito mais experiências vividas ao nível psíquico e espiritual do que na dimensão material – ainda não temos instrumentos que registrem sua ocorrência e intensidade;

5 - A causa dos fenômenos psíquicos transcende o mundo físico – é extrafísica, sua natureza é espiritual;

6 - A Ciência espiritual já está fundamentada para assumir prioridade sobre a Ciência física. A doutrina espírita estuda a existência dos Espíritos, sua natureza e a relação que mantemos com eles;

7 - As sensações dos cinco sentidos serão ampliadas pelas sensopercepções espirituais. Essas nos permitem perceber a história e o significado de cada objeto – o meu relógio, além de mostrador de horas, contém minhas histórias de vida com ele; 

8 - O corpo físico é limitadíssimo comparado ao corpo espiritual. É este que contém nossa trajetória filogenética em toda a sua extensão, e guarda em suas memórias as experiências de múltiplas vidas que percorremos. Técnicas apropriadas podem nos fazer resgatar algumas dessas lembranças.

9 - As 4 dimensões físicas serão ampliadas para um Universo multidimensional. E nossa sintonia mental nos colocará nesse ou naquele ambiente com os quais vibramos;

10 - A personalidade única será substituída pela personalidade múltipla em decorrência de múltiplas vidas que já vivemos;

11 - O conceito dualista Cérebro e mente (corpo e Alma) será compreendido com 3 elementos constituintes: o cérebro, o corpo mental ou perispírito e mente ou Espírito. No corpo mental estão situados os arquivos definitivos das nossas memórias e o Espírito é o ser inteligente e imortal que cria nossos pensamentos e dirige nossas escolhas; 

12 - As doenças mentais podem estar agravadas pela participação das entidades espirituais que interagem continuamente conosco. Grandes síndromes psiquiátricas incluirão a obsessão como uma de suas etiologias.

Podemos chamar de doenças espirituais a um novo grupo de patologias da mente que farão parte das classificações médicas.

A Ciência ensina que as mudanças não ocorrem por transformações bruscas. Permanecerão traços dos paradigmas antigos e, aos poucos, as novas gerações assimilarão os conhecimentos atuais e estabelecerão os paradigmas mais adequados aos novos conhecimentos. Essas mudanças estão em curso, já se fazem sentir no meio científico.
 


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita