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por Wellington Balbo

 

Ao orar por alguém, eu atraio seus obsessores?


Há, para uma boa parcela de gente, até para aqueles que conhecem um pouco mais os Espíritos e a sua natureza, uma espécie de medo do que eles – os Espíritos – podem fazer conosco.

Provavelmente, com a imaginação fértil ainda vêm na ideia dos Espíritos as velhas lendas das casas assombradas e das perseguições de entidades maléficas.

Muitas dessas pessoas, aliás, até com mediunidade, recusam-se a desenvolver ainda mais sua sensibilidade para que estejam “protegidas” e não vejam ou interajam com essas entidades do “Além” que, diga-se, é o futuro de todos nós.

E eis que de uns tempos para cá tenho recebido muitas perguntas que mostram um receio sem fundamento dos Espíritos.

As perguntas são do seguinte tipo:

 - Se eu orar por alguém, corro o risco de ser perseguido pelo seu obsessor?

Bem..., correr o risco todos corremos, até porque um Espírito pode, sim, não gostar de algumas atitudes que estamos tomando como, por exemplo, ajudar seu adversário e, então, por isso, “partir para cima de nós” a fim de criar constrangimentos e nos assustar para que nossa ajuda cesse.

Muito mais fácil para o obsessor se ninguém está intercedendo pela sua “vítima”; natural, portanto, que ele queira neutralizar a influência daquele que busca ajudar.

Mas, cá entre nós, se há gente ou Espíritos querendo atrapalhar nossa ajuda ao semelhante, também há gente ou Espíritos que se sensibilizam com a causa que abraçamos e vêm nos fortalecer, somar apoio, deixar esta corrente do bem mais pujante.

Por qual razão devemos nos preocupar com os obsessores daqueles que estão em dificuldade, se há, também, um trabalho do bem para que a harmonia se restabeleça?

Se é verdade que ao fazer o bem para alguém eu atraio seus obsessores ou o obsessor, não menos verdade é que também atraio seu anjo guardião e seus Espíritos familiares que estão torcendo pela sua recuperação.

Isto sem contar em outros Espíritos que são simpatizantes daqueles que servem o próximo por meio de uma prece ou mesmo nas ações materiais.

Crio, com isso, laço de afetos e relações salutares que sempre falarão a meu favor ao orar por alguém necessitado.

Como o bem é sempre maior do que o mal, e como, via de regra, temos muito mais gente e Espíritos que gostam de nós do que desgostam, é um fato simples constatar que, ao orar por alguém, atrairemos muito mais benfeitores que inimigos, muito mais amor que ódio, muito mais ventura que desdita.

Pense nisso.
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita