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por Juan Carlos Orozco

 

Removendo e aproveitando as pedras do caminho

 

Em nossas jornadas, encontramos pedras no caminho representadas pelas dificuldades de qualquer natureza, podendo asfixiar a fé, a confiança, os talentos que Deus nos deu e a esperança em dias melhores na busca dos nossos objetivos, ideais e perspectivas de servir.

As pedras podem, também, ser vistas como condicionamentos ou reflexos dominantes da personalidade que se expressam sob a forma de interesses passageiros e superficiais, e que não cedem espaço a entendimentos mais profundos.

Podemos removê-las pelo conhecimento das verdades que libertam, aproveitando-as para edificar a morada interior em alicerces celestes. Do entendimento e da conduta de cada um de nós, dependerá a felicidade ou o infortúnio.

Tropeçando, pisando, caindo, removendo ou construindo com as pedras do caminho, temos valiosas oportunidades de aprendizado e crescimento.

Os tropeços virão, mas a diferença está em como compreendemos as lições que deles saberemos tirar.

Muitas vezes, pensamos nas dificuldades e nos esforços necessários para se alcançar algo na vida, imaginando os grandes obstáculos que possam surgir e impedir o prosseguimento no caminho anteriormente traçado.

Semeamos a dúvida sobre a capacidade de buscar os nossos objetivos e de superar os desafios da vida, sentindo-nos inseguros e incrédulos, dificultando buscar os cumes mais elevados de evolução espiritual.

As pessoas com essas pedras interiores, ante os menores obstáculos que surgem no exercício do bem, não conseguem se manter fiéis aos ensinamentos de Jesus, deles se afastando.

Visualizamos os grandes obstáculos, mas tropeçamos nas pequenas pedras do dia a dia. Na verdade, as maiores pedras a serem removidas estão dentro de nós mesmos para a tão almejada edificação do reino de Deus.

O Espírito Emmanuel, em “Pedras”, do livro “Vida em Vida”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, esclarece que: “as dificuldades de qualquer natureza são sempre pedras simbólicas, asfixiando-nos as melhores esperanças do dia, do ideal, do trabalho ou do destino, que recebemos na glória do tempo. É necessário saber tratá-las com prudência, serenidade e sabedoria. Há diversos modos de considerar os obstáculos, removendo-os ou aproveitando-os”.

Considerando os diferentes estágios evolutivos, cada qual ao seu tempo, o Espírito haverá de despertar a consciência para passar a compreender melhor os mecanismos que regem o Universo e as reais razões de ser de nossa existência. Tal transformação somente se dará mediante uma reforma íntima pelo autodescobrimento e autoconhecimento, com trabalho, esforço e mérito.

Compreenderá que as pedras do caminho são necessárias para os devidos ensinamentos, reflexões e aprendizados para seguir a trajetória evolutiva na busca da perfeição relativa à Humanidade, tendo Jesus como modelo e guia, e os seus ensinamentos e exemplos como roteiros de vida, porquanto ninguém chega ao Pai senão por Ele.

As pedras no caminho poderão atrasar, estacionar ou acelerar o nosso progresso, dependendo de como as visualizamos e utilizamos.

Em nossas jornadas terrenas, que toda a disposição de melhoria não se limite às boas intenções, mas sim que construamos uma boa base moral e espiritual que possa alimentar a sincera vontade de melhorar, afastando o desânimo, a desesperança, a dúvida, a tristeza e o abandono do serviço edificante na prática do bem, do amor e da caridade.


Bibliografia:

EMMANUEL (Espírito); (psicografado por) Francisco Cândido Xavier. Vida em vida. 2ª Edição. São Paulo/SP: Editora Ideal.

 
 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita