Joias da poesia
contemporânea

Espírito: Olegário Mariano

 

Entre o Céu e a Terra

 

Flâmeas naves triunfais cuja glória me inspira,

Contemplo-vos, de novo, além, no imenso mar…

Sóis que cindis o Azul, fito-vos a sonhar,

Sírius, Aldebaran, Canópus, Vega, Lira!…

 

Presa ao vosso fulgor, minh'alma põe-se à mira,

Quero seguir convosco, ascender, renovar,

Mas escuto, outra vez, os lamentos do lar;

O meu ninho terrestre, em sombra, gira, gira…

 

Entre júbilo e dor, êxtase e desventura,

Aos apelos do amor, regresso à noite escura,

Devo tornar ao mundo e chorar, ai de mim!

 

A sede de amplidão arrasa-me o descanso.

Ah! Senhor, como é perto o Céu que não alcanço:

Como parece longe a Terra de onde vim!…


Do livro Poetas Redivivos, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita