Cinco-marias

por Eugênia Pickina

 

Infância implica rotina


A melhor coisa do mundo é saber ser você mesmo
. M. Montaigne


Criança precisa de rotina: depois da soneca tem a fruta; antes de dormir, há a história; no almoço, não só feijão, mas também ovo e saladinha; no período da tarde, jogar bola no quintal, correr, brincar de casinha…

Por promover vínculo e ordem na convivência, desde cedo é importante que as crianças contem com horários para acordar, realizar as tarefas, brincar em contato com a natureza, fazer as refeições, ir à escola, tomar banho, dormir…

Filhos cujos pais não se preocupam em planejar a vida familiar tendem a crescer inseguros, ansiosos ou, pior, fadados à tirania ou a uma série de transtornos. Já as casas que têm regras claras para o dia a dia familiar oferecem às crianças estabilidade, segurança. Porque, na infância, experienciar com confiança as coisas e o mundo depende de um contexto doméstico permeado por ordem e hábitos saudáveis – depois de brincar, guardar os brinquedos; depois de comer, escovar os dentes; celular não tem razão de ser antes da adolescência...

Da família a criança espera amor, respeito e educação. No começo da vida, os filhos necessitam de um ambiente familiar estável e organizado a fim de crescerem conscientes do seu papel na família, na escola, de suas próprias habilidades, porque é isso que promoverá pouco a pouco independência e autonomia.

Notinha

Como a falta da rotina, o excesso é também um equívoco e, por isso, não vale transformar a casa em um quartel! É preciso saber ser flexível para que o dia a dia da criança não se torne opressor. Nos finais de semana, por exemplo, a criança, sobretudo depois do primeiro setênio, pode dormir umas horinhas a mais ou almoçar mais tarde, por exemplo. O importante é estabelecer horários e criar hábitos saudáveis que tornem a dinâmica familiar mais organizada e confortável para todos – adultos e crianças.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita