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por Marcos Paulo de Oliveira Santos

 

O desperdício das horas


Sim, perco muito tempo em questiúnculas. Aqui faço a mea-culpa, enquanto espírita. Foram inúmeras as oportunidades de ser útil e que malbaratei.

Se ampliarmos a lente e observarmos com cautela veremos que milhares de horas são desperdiçadas com maledicência, com lascívia, com ociosidade…

As redes sociais, neutras em si mesmas, são infestadas de discussões com a vã utopia de querer impor um ponto de vista ao outro. Enquanto essas mesmas redes sociais poderiam ser utilizadas para a divulgação do bem, do belo, da caridade, da palavra amiga e confortadora.

O comportamento do outro diz respeito somente a ele. Entretanto, desperdiçamos horas preciosas da nossa vida com a maledicência sobre os atos alheios, bem como com relação às tentativas de impor um comportamento que não será modificado por palavras, mas pelo exemplo dignificante que tivermos.

Preferimos as horas imensas defronte da televisão ou da Internet,com programas e conteúdos fúteis, superficiais, violentos, em detrimento de programas mais edificantes, de conteúdo enobrecedor.

Perdemos horas com discussões em vez de modificar os nossos comportamentos em relação ao companheiro(a), à família, aos vizinhos.

Se tivéssemos a oportunidade de fazer uma autoanálise e calculássemos o tempo perdido diante da televisão, das discussões, dos julgamentos, dos comentários maldosos, do sarcasmo, da ociosidade, da preguiça, concluiríamos que somos devedores do Criador da Vida.

Uma reencarnação, por mais longa que possa parecer, é muito rápida, transitória, e os relatos dos Espíritos são fecundos em demonstrar que o tempo é precioso amigo no processo de evolução. Assim, utilizar com mais sabedoria o tempo é importante para o nosso processo de desenvolvimento espiritual.

O silêncio diante da violência verbal.

O silêncio diante da fofoca, da maledicência.

A ação nobre diante do governo incompetente e corrupto.

A caridade diante dos desafortunados.

O tempo precioso com os familiares e amigos.

O uso do tempo livre para o descanso (que é muito justo), mas, também, para o plantio de uma árvore, o cuidado de um animal de estimação, o cuidado de um idoso, de uma criança; para a doação de sangue; para a leitura a alguém com deficiência visual; para a assistência na instituição filantrópica, enfim. As possibilidades são inúmeras. Que possamos refletir mais sobre o tempo que nos resta e a sua utilização com mais sabedoria.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita