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por Marcos Paulo de Oliveira Santos

 

Vamos colocar os pingos nos is


Diante das últimas notícias midiáticas, é de bom alvitre esclarecer algumas questões:

1) A mediunidade não é criação do Espiritismo, tampouco sua exclusividade. Está presente em todos os segmentos religiosos, bem como nos meios não religiosos. Trata-se de disposição orgânica inerente ao ser humano;

2) Religião de matriz africana não é Espiritismo. Logo, o Candomblé nãotem relação com o Espiritismo. São bases epistemológicas diferentes;

3) A Umbanda, embora cristã, não é Espiritismo;

4) Cobrança de qualquer espécie não é Espiritismo;

5) Mercadejar com mediunidade nãoé Espiritismo;

6) Tarô, runas, pedras etc. não são Espiritismo.

A Federação Espírita Brasileira tem divulgado, de maneira clara e objetiva, o que é o Espiritismo e sua prática. Quanto a esta última, transcrevemos abaixo:

Toda prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes";

A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade;

O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota, nem usa em suas reuniões e em suas práticas, altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior;

O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los;

A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem;

Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã;

O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".

Esperamos que os meios de comunicação tenham maior cuidado ao se referirem ao Espiritismo e eventuais ocorrências que possam envolvê-lo. Assim como as pessoas possam se informar mais, sobretudo, por meio das obras básicas de Allan Kardec, bem como junto à Federação Espírita Brasileira.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita