Cartas

Ano 13 - N° 616 - 28 de Abril de 2019

De: Gilvan Seadi da Silva (Viamão, RS)

Sexta-feira, 19 de abril de 2019 às 10:16:28
Por que um espírito de um mundo inferior não pode habitar um mundo superior?

Gilvan


Resposta do Editor
:

A resposta à dúvida formulada pelo leitor pode ser encontrada nos ensinamentos contidos nas questões 181 a 187 d´O Livro dos Espíritos. Aprendemos ali que o envoltório físico que os Espíritos utilizam nos diferentes mundos é mais ou menos material, conforme o grau de pureza a que eles chegaram. À medida que o Espírito se purifica, o corpo que o reveste se aproxima igualmente da natureza espírita. Torna-se-lhe menos densa a matéria, ele deixa de rastejar penosamente pela superfície do solo, menos grosseiras se lhe fazem as necessidades físicas, não mais sendo preciso que os seres vivos se destruam mutuamente para se nutrirem. Da purificação do Espírito decorre o aperfeiçoamento moral, para os seres que eles constituem quando encarnados.

Tem o Espírito a faculdade de escolher o mundo onde passe a habitar? A essa questão responderam os instrutores espirituais: “Nem sempre. Pode pedir que lhe seja permitido ir para este ou aquele e pode obtê-lo, se o merecer, porquanto a acessibilidade dos mundos, para os Espíritos, depende do grau da elevação destes.” (O Livro dos Espíritos, 184.)

Se o Espírito nada pedir, que é o que determina o mundo em que ele reencarnará? “O grau da sua elevação.” (Obra citada, 184 “a”.) 

 

De: Adriana L. (Brasília, DF)

Sexta-feira, 19 de abril de 2019 às 00:42:19
Olá, em primeiro lugar gostaria de parabenizar "O Consolador" por este incessante trabalho de divulgação dessa Doutrina maravilhosa que é o Espiritismo.
Também gostaria de registrar que tenho sentido muita falta da seção de estudos de obras espíritas. Acompanho a revista há muitos anos e notei que vocês não têm mais publicado desde agosto/18, e sempre achei muito elucidativo. Esta seção retornará?
Desde já agradeço a atenção.

Adriana


Resposta do Editor
:

Agradecemos as palavras da leitora, a quem esclarecemos que as seções de estudos espíritas deixaram de fazer parte de nossas edições semanais, mas permanecem em nosso website, em sua parte permanente, como poderá conferir acessando a seção “Estudos Diversos”, na qual foram enfeixados todos os estudos publicados pela revista e outros, tais como as “Questões vernáculas”, “O Espiritismo responde” e o “Antigo Testamento”, além dos “Temas diversos”. Para acessá-la, clique aqui

Quanto às novas dúvidas eventualmente apresentadas pelos leitores, as respostas são dadas na seção de “Cartas”.

 

De: Wallace Araújo (Belo Horizonte, MG)

Sexta-feira, 19 de abril de 2019 às 08:48:42
Fala-se muito do período de transição planetária pelo qual estamos passando. Entretanto, percebo real necessidade do movimento espírita avançar em vários aspectos. Ora é o personalismo que predomina em determinada casa espírita, ora é a falta de estudo aprofundado dos variados temas. Endeusamento de médiuns é tão presente como outrora. A impressão que tenho é que o Consolador prometido está a passos lentos em alguns aspectos. Haverá mudanças consideráveis nesse sentido?

Wallace


Resposta do Editor
:

O leitor tem razão em sua análise. Quanto às mudanças, sinceramente esperamos que ocorram, mas jamais isso se dará a curto prazo, porque acontece com muitos de nós o mesmo que se deu com Monteiro, o confrade focalizado por André Luiz no cap. XII do seu livro Os Mensageiros, psicografado por Chico Xavier. Havendo fracassado em sua jornada terrena, a explicação disso foi-lhe dada pela ministra Veneranda: “Monteiro meu amigo, a causa da sua derrota não é complicada nem difícil de explicar. Entregou-se você ao Espiritismo prático, junto dos homens nossos irmãos, mas nunca se interessou pela verdadeira prática do Espiritismo junto de Jesus, nosso Mestre.” 

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 23 de abril de 2019 às 22:20

Assunto: Meditar... Respirar

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior -website mundo maior - e leia mensagens como esta que adiante transcrevemos:

É natural. Nossa mente sofre sede de paz, como a terra seca tem necessidade de água fria. Por isso, venha a um lugar à parte, no país de você mesmo, a fim de repousar um pouco.

Esqueça as fronteiras sociais, os controles domésticos, as incompreensões dos parentes, os assuntos difíceis, os problemas inquietantes, as ideias inferiores. Retire-se dos lugares comuns a que ainda se prende. Concentre-se, por alguns minutos, em companhia do Cristo, no barco de seus pensamentos mais puros, sobre o mar das preocupações cotidianas... Ele lavará a sua mente repleta de aflições. Balsamizará suas úlceras.

Basta que você se cale e sua voz falará no sublime silêncio. Ofereça-lhe um coração valoroso na fé e na realização, e Seus braços divinos farão o resto. Você regressará, então, aos círculos de luta, revigorado, forte e feliz.

Seu coração com Ele, a fim de que possa agir, com êxito, no vale do serviço. Ele com você, para escalar, sem cansaço, a montanha da luz.

* * *

A meditação dulcifica a aspereza da luta, harmoniza o intelecto com o sentimento e mantém acalmado o homem.

Vale esclarecer que não será por efeito de uma a outra experiência mágica que perceberemos o efeito, mas sim através de expressivo esforço. A disciplina, a frequência do exercício, os conteúdos do pensamento, são essenciais para o êxito desse empreendimento íntimo.

Tomemos, por exemplo, de uma página do Evangelho. Leiamos pausadamente, digerindo-lhe o significado e nos concentrando nela, para fixá-la. Retiremos a grande quantidade de informações e reflexionemos em cada mensagem revelada, na sua essência. Insistamos em verificar a forma e o sentido de como aquelas linhas poderão nos ser úteis. Analisemos sem pressa para que da letra retiremos seu espírito.

Habituemo-nos a esse pequeno costume e estaremos iniciando a meditação que nos levará à paz de consciência e à alegria de viver. Mesmo que disponhamos de pouco tempo, busquemos utilizá-lo para a meditação, descobrindo, logo depois, que os benefícios serão imensos.

A meditação nos irá abrir as portas para a perfeita união com Deus que a oração proporcionará.

* * *

Respiremos profundamente e com calma.

Reservemos alguns momentos do nosso dia para realizar essa singela tarefa de bem-estar.

Recordemo-nos dessa faculdade incrível que temos de fazer com que o ar externo penetre nossos pulmões.

O ar é vida e cada vez que respiramos conscientemente estamos nos ligando a ela com mais intensidade.

Respiramos automaticamente, respiramos mal, por vezes tomados pela ansiedade e nervosismo que quase nos tiram o fôlego.

Aproveitemos, a cada expiração, para retirar de nosso íntimo as preocupações, as revoltas, os sentimentos pouco elevados.

Respiremos melhor e vivamos melhor.” (Redação do Momento Espírita)

Editor do Jornal Mundo Maior 

 

De: Ayrton de Moraes Barbosa (Governador Valadares, MG)

Segunda-feira, 22 de abril de 2019 às 21:30:37

Assunto: Especial 303 - Quem foi Chico Xavier?
Conhece-se o personagem Chico Xavier pelo comportamento, sentimento e pensamento que manifestou em sua vida terrena. Desse modo, torna-se irrelevante o que ele teria sido em renascimentos anteriores.

Ayrton 

 

De: Marcus De Mario (Rio de Janeiro, RJ)

Terça-feira, 23 de abril de 2019 às 10:19

Assunto: Edição 615 - Cartas

Sr. Editor:

Enviei à leitora Sônia Rocha, atendendo à pergunta por ela apresentada, a informação abaixo:

“O processo de reencarnação obedece a criterioso planejamento realizado pelos benfeitores espirituais, sempre levando em conta as necessidades evolutivas do espírito, podendo, portanto, ter o exercício da mediunidade como característica. Nesse caso o espírito irá, antes da reencarnação, receber toda uma preparação, como relata André Luiz no livro Os Mensageiros, psicografia de Chico Xavier.

Normalmente o espírito candidato à reencarnação participa desse planejamento e dos preparativos, isso em maior ou menor grau, dependendo do estágio de progresso em que ele se encontra.

A mediunidade é missão, portanto não é simplesmente imposta, mesmo porque a lei divina respeita nosso livre arbítrio.

A chamada reencarnação compulsória acontece somente para aqueles espíritos ainda voltados ao mal, muito comprometidos com a lei divina, e que não possuem condições conscienciais para fazer escolhas, pois não podem se furtar à lei de consequẽncias, ou de causa e efeito, que é a própria lei divina e, salvo exceções, normalmente a mediunidade ostensiva, nesses casos, não se faz presente.

Nossa querida e saudosa Yvonne Pereira dizia que sua mediunidade era de provas, ou de provação, isso porque ela tinha consciência que o exercício das faculdades mediúnicas tinham como objetivo a reparação de suas faltas em vidas passadas. Era pela mediunidade que ela deveria promover o bem. E ela sabia muito bem que havia se preparado para cumprir esse desígnio divino.

Então, Sônia, não podemos afirmar que a mediunidade é imposta, mas sim que o espírito recebe o convite para exercê-la, com os espíritos superiores mostrando sua importância para a sua reencarnação. Aceitar o convite e exercer as faculdades mediúnicas com dignidade, no bem e no amor ao próximo, é decisão do espírito, motivo pelo qual somente o próprio médium pode responder a Deus pelo uso que faz desse dom.”

Marcus De Mario


Nota do Editor
:

Eis a pergunta formulada pela leitora: “Prof. Mário, a mediunidade pode ser imposta ao espírito no planejamento reencarnatório? Se positivo, em quais casos isso poderá acontecer.” 

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 18 de abril de 2019 às 07:26

Assunto: Princípio espiritual

Você alguma vez já parou para pensar que no princípio do nosso desenvolvimento celular a lei exercida nas células era através da cissiparidade? Com certeza, para muitos, o cérebro vai dar um nó de tão complicado à primeira vista. Mas não é assim tão complexo. É o que veremos hoje nos comentários do livro “No Mundo Maior” ditado pelo espírito de André Luiz através da mediunidade do saudoso Chico Xavier.

Vejamos o que nos diz o Assistente Calderaro a respeito: “O princípio espiritual acolheu-se no seio tépido das águas, através dos organismos celulares, que se mantinham e se multiplicavam por cissiparidade”. Devemos analisar bem essa citação. O princípio espiritual por si só não conseguiria desenvolver-se. Assim sendo ele “...acolheu-se no seio tépido das águas através dos organismos celulares que se mantinham e se multiplicavam por cissiparidade.” Como podemos observar aqui, foi através de organismos celulares que o princípio espiritual pôde se multiplicar usando da cissiparidade desses organismos ou seja, reprodução assexuada, melhor dizendo, clones naturais.

Essa reprodução assexuada então se dava tendo como cromossoma principal a essência de Deus em nós. Daí encontrarmos na Bíblia que Deus nos criou simples e ignorantes à sua imagem e semelhança, ou seja, tendo em cada um de nós, o DNA de Deus envolvido no genoma humano.

Através desse desenvolvimento, vem o princípio espiritual agindo de forma sempre ascendente e nunca retrógrada. Experimentou novas formas submarinas por onde a partir de milênios incontáveis conquistou os ares da terra firme já preparada para a sua sobrevivência.

Outra citação nos ilustrará bem o meu raciocínio a respeito: “Quantos séculos consumiu revestindo formas monstruosas, aprimorando-se aqui e ali, ajudada pela interferência indireta das Inteligências superiores?”. Aqui outro ponto para análise. Para entendermos melhor essa citação vejamos o caso da gestação humana. Assim que o espermatozoide consegue furar o bloqueio do óvulo fecundando-o, o processo de desenvolvimento corre automaticamente sem que a espiritualidade interceda mais diretamente, claro que estamos falando aqui de uma gestação normal. Por isso que nessa citação o instrutor nos ressalva a interferência indireta das Inteligências superiores nos processos de experiências do princípio espiritual nos vários reinos em que ia conquistando, assim, o seu legado a que tinha direito.

Como podemos analisar aqui a criação do homem quanto da mulher não se deu assim no estalar de dedos ou num piscar de “olhos” do Criador. A Natureza não dá saltos. Nessa fase não existia homem ou mulher ainda. Essa diferença só seria melhor ventilada quando o princípio espiritual conquistasse as raias de um corpo físico perfeito e apto para futuros aprendizados primitivos rumo à razão mais dilatada e mais transparente quanto à sua própria existência.

Comigo, Leitor Amigo?

Aécio César 

 


   
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita